ANNUS MIRABILIS – Optimismo

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Diz um velho provérbio que “se à noite te sentires cansado como um cão, é porque andaste a ladrar o dia inteiro”. Eu não sei se as pessoas que passam o tempo a lamentar-se da vida e a dizer mal de tudo e de todos, sentem realmente esse cansaço canino, mas não tenho qualquer dúvida em concordar com o impagável Sir Winston Churchill, homem de indiscutível inteligência prática, quando afirmava “sou um optimista, pois não me parece que valha a pena ser qualquer outra coisa”. A opção pelo optimismo e confiança, em detrimento da atitude pessimista e céptica, depende, em última análise, da vontade do indivíduo, por muito que isso lhe custe ou requeira, até, apoio externo.
Afirmada em momento de lucidez e reforçada ao longo do tempo, a atitude positiva acaba por produzir resultados positivos altamente gratificantes, despertando nos outros a atitude que temos para com eles. A realidade é, em grande medida, aquilo que nós quisermos que ela seja, bastando mudar a perspectiva para que o mundo seja imediatamente diferente. O novelista francês Alphonse Karr dizia que “algumas pessoas queixam-se de que as rosas têm espinhos, mas eu congratulo-me com o facto de os espinhos terem rosas”. Na prática, contudo, as coisas tornam-se difíceis, pelo facto de o atalho negativista manter o indivíduo mentalmente sequestrado, muitas vezes sem se dar conta disso.
Na cultura oriental, diz-se que quem guarda uma árvore frondosa no coração, acolhe um ninho de pássaros cantores. Assume-se, assim, que o destino está mais nas mãos de cada um do que geralmente se pensa. A vontade de ganhar concorre para metade do sucesso, tal como a de perder para metade do fracasso. Onde o pessimista vê (ou imagina) barreiras intransponíveis, o optimista vê obstáculos a vencer. Na Confraria dos Sortudos, o optimismo é um valor que se defende e preserva, pela enorme vantagem que ele proporciona aos seus membros e a todos aqueles que os rodeiam. Aos negativistas, porém, deixa-se uma palavra de esperança e confiança, pela voz de Oswaldo Montenegro na sua bela canção Metade: “Que a minha loucura seja perdoada, porque metade de mim é amor e a outra metade também”. Força, descubram o optimismo que há dentro de vós!

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