Gazeta das Caldas
| D.R
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O subtítulo do livro («100 anos de História») tem a ver com o facto de o Clube de Futebol “Os Belenenses” ter sido fundado em 1919, conforme se lê na página 31: «Numa noite de fins de Agosto de 1919, num banco de jardim da Praça Afonso de Albuquerque, Artur José Pereira e seu irmão Francisco Pereira, Henrique Costa, Carlos Sobral, Joaquim Dias, Júlio Teixeira Gomes, Manuel Veloso e Romualdo Bogalho encetaram as primeiras demarches para a formação do “Belenenses”. Em 23 de Setembro de 1919 se resolveu em definitivo a fundação do clube».
Sobre este livro de José Ceitil (n.1947) com 449 páginas focamos apenas três figuras muito importantes na vida do Clube: Artur José Pereira, Pepe e Matateu. Sobre o primeiro lê-se na página 49: «Artur José Pereira foi o fundador do Belenenses. Foi dele a ideia, o impulso agregador, o trabalho duro de desbravar terreno e abrir caminho. Foi o primeiro herói da história deste clube. Mas dizer que foi o maior jogador português de todos os tempos já entra no domínio das convicções pessoais.» Sobre o segundo pode ler-se na 64: «Dia 28 de Fevereiro de 1926. A um minuto do fim, com o resultado já em 4-4, a vontade indómita de todos e os ataques sucessivos, o adversário comete falta na grande-área. Penalty! Ninguém dos belenenses queria ter a responsabilidade pela execução da falta. Augusto Silva, resolutamente aponta para o Pepe e diz-lhe: «O penalty marcas tu!». Pepe, envergonhado e receoso, apenas respondeu: «Eu, sr. Augusto?» «Sim, marcas tu!» E Pepe marcou o golo e o Belenenses venceu o Benfica por 5 a 4 para o Campeonato de Lisboa.» Sobre Matateu lemos na página 128:« O primeiro «fenómeno» que o futebol deu ao país(…) jogador fora de série, familiar a todo um povo, ponta-de-lança extraordinário, o único que entra na lista dos maiores de sempre sem o suporte do Benfica, Sporting ou F.C.Porto.» Apenas mais duas notas. Em 30-1-1938 três jogadores da selecção nacional de Futebol não obedeceram à ordem de saudação de braço erguido – Artur Quresma, José Simões e Mariano Amaro. A Revista «Stadium» publicou uma fotografia retocada com dedos postiços nos punhos…» Sobre a divisão entre Clube e SAD, ficam as palavras de Vicente Lucas na página 415: «Incomoda-me…não estou bem por dentro das desavenças, nessa altura estava doente, não segui e não sei de quem é a culpa mas não gosto de ver. Sabe, para mim só há um Belenenses, o meu Belenenses. Não sei o futuro, não sei como vai ser…o futebol hoje é muito diferente, fala-se de mais…nos jornais e nas televisões …e há muito negócios. E eu disso não percebo!»
(Editora: Âncora, Capa: Sofia Travassos, Prefácio: Vítor Serpa).

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