Nazaré, 22 de Agosto – todos triunfaram!

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DSC01313Na Nazaré no dia 22 de agosto realizou-se uma interessante corrida de toiros em que triunfaram todos os cavaleiros (os três primeiros escutaram música logo ao primeiro curto) perante a  bem numerosa e entusiástica assistência que a todos aplaudiu com agrado.
Os toiros de Nuno Casquinha foram desiguais no peso, tamanho, cor e comportamento mas no geral deixaram-se lidar contribuindo para o sucesso do espetáculo.
Rui Salvador andou em grande plano elegendo os melhores terrenos e lidando com critério. Deixou o terceiro cumprido e os cinco curtos de muito boa nota sempre em crescendo e em sortes frontais o mais ao estribo possível.
Luís Rouxinol esteve muito bem com um toiro difícil particularmente na brega ajustada e conhecedora dos terrenos e do toiro e nos quatro curtos meritórios de frente, mais um bom palmito e um par de bandarilhas de grande valor perto do estribo no centro da praça.
O caldense Marco José pautou-se também por uma grande atuação. Lidou bem e espetacular com ladeios apropriados mexendo no toiro que se fechava em tábuas com critério e conhecimento. Colocou dois cumpridos de grande mérito e quatro curtos, dois de frente, um a cesgo e outro à meia volta de grande valor, seguindo as regras de bem tourear a cavalo.
Marcos Bastinhas começou um pouco irregular com um toiro que complicava, falhando o toiro, mas depois entusiasmou-se e entusiasmou o público numa lide meritória e com ferros de verdade sobressaindo dois palmitos emocionantes no centro da praça e um par de bandarilhas também no centro com muita qualidade.
João Salgueiro da Costa esteve também bem perante um toiro difícil que se atravessava e investia com violência obrigando-o a muito trabalho com uma brega bem desenvolvida, dois cumpridos bem de frente e cinco bons curtos com risco e emoção ainda que a mão não estivesse totalmente certa no espalhar da ferragem.
O jovem Parreirita Cigana foi uma agradável surpresa dado o modo maduro e o desembaraço com que monta e se move na arena e os conhecimentos que já apresenta, poderá vir a ser um caso na cavalaria tauromáquica nacional. Tantos os três cumpridos como os seis curtos tiveram mérito inegável.
Os forcados do grupo do Ribatejo pegaram ambos os toiros ao primeiro intento por João Espinheira e André Martins corretos a citar recuar e fechar-se com ajuda pronta.
O grupo de Arronches não esteve bem acumulando erros e denotando pouca coesão não assumindo a postura que se espera de um grupo numa corrida deste nível. Agarraram ambos os toiros à 3ª tentativa com ajudas carregadas e muitos forcados a atrapalharem-se por Luís Marques (muito mal tratado pelo toiro) e por João Rosa.
O grupo de Monforte mostrou-se muito correto e coeso rubricando duas pegas tecnicamente bem-feitas ao primeiro intento por Vítor Carreira e Fábio Derreado.
A banda da Nazaré animou o espetáculo brilhantemente e a sóbria direção de corrida, de Francisco Calado, demonstrou grande sensibilidade taurina na concessão da música.

Rui Lopes
rjnlopes@hotmail.com

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