Aumento dos salários é prioridade para a CDU

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A apresentação do compromisso eleitoral decorreu no simbólico café Central, junto à Praça da Fruta
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Valorizar o trabalho e os trabalhadores é prioritário para a coligação que quer eleger um deputado pelo distrito 
Num distrito com “muitas potencialidades”, o candidato pela CDU, João Paulo Delgado, garante que a “maior riqueza são as pessoas” e defende que estas têm de ver a sua situação laborar valorizada. “O aumento dos salários é determinante para o futuro do país e do distrito”, começou por dizer, na apresentação do compromisso eleitoral para o distrito, que decorreu no Café Central, junto à Praça a Fruta, a 16 de fevereiro.
Para João Paulo Delgado é prioritário o aumento do salário mínimo nacional, a seguir às eleições, para mil euros, e em 15% os outros salários. Também as pensões deverão ter um aumento de 7,5%, acrescentou o candidato, que defende também a revogação das “normas gravosas” da legislação laboral, a valorização das carreiras, a redução do horário de trabalho para as 35 horas e a possibilidade de reforma com 40 anos de descontos.
Prioridade é também, para a CDU, a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com o reforço de médicos e enfermeiros, investimento nas infraestruturas atuais, criação de um novo hospital no Oeste, para travar o que consideram ser o “negócio da doença”. No plano da habitação, João Paulo Delgado deixou críticas à “especulação imobiliária gritante e sem precedentes dos últimos anos” e deixa propostas de proteção à habitação própria, com os bancos a pagar os aumentos de juros do crédito à habitação e de regulação das rendas. Defendem também que 1% do PIB seja direcionado para habitação pública, com o objetivo de criar 50 mil novas casas disponíveis para as famílias.
O investimento na ferrovia, com a eletrificação da Linha do Oeste mas também a ligação à alta velocidade, com a criação de uma estação junto a Leiria, na Barosa, são bandeiras da coligação do PCP e Os Verdes, que também defende um maior investimento numa rede pública de transportes rodoviários, para diminuir as assimetrias no distrito.
A criação da Universidade Pública de Leiria e o investimento na escola pública foram defendidos pelo candidato que, no seu compromisso eleitoral, defende também um maior apoio na Cultura, nomeadamente com a elevação do Museu da Cerâmica à categoria de museu nacional.
“Para termos um país de futuro temos de colocar novamente Portugal a produzir, na agricultura, nas pescas, na indústria”, referiu, defendendo a reativação do setor das pescas, apoios direcionados às micro, pequenas e médias empresas, a regulação de preços nas pescas e agricultura, assim como a redução dos custos para produção. A defesa da reserva da Berlenga, classificação da Lagoa de Óbidos e preservação do Penedo Furado foram outras das medidas apresentadas pelo líder de uma lista composta por “gente conhecedora da realidade do distrito”. Perante uma sala lotada, João Paulo Delgado deu nota da dinâmica que tem encontrado. “Estamos convictos, com a força que nos têm dado na rua, que será possível, desta vez, termos deputados na Assembleia da República eleitos pelo nosso distrito”, salientou.
O cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Leiria fez ainda questão de lembrar que, a 10 de março, os eleitores estão a eleger 230 deputados, a nível nacional, e não o primeiro ministro.
A sessão contou ainda com as participações do candidato das Caldas, Henrique Fialho, e de Luís Caixeiro, da direção regional de Leiria do PCP, que alertaram para as ameaças dos valores de Abril. O também caldense José Carlos Faria protagonizou um momento cultural num espaço com “memória”, como fez questão de recordar, numa alusão aos encontros que ali decorriam, por parte de artistas e opositores ao regime, durante o período do fascismo. ■
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