Convenção prepara PS das Caldas para as autárquicas

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Definido o candidato, os socialistas traçam agora a estratégia que visa ganhar a Câmara há quatro décadas PSD

 

Ter pessoas comprometidas com o interesse da comunidade, uma leitura clara do território e vontade de qualificar a vida democrática são elementos essenciais, na ótica do secretário-geral adjunto do PS, José Luís Carneiro, para o partido ganhar a Câmara das Caldas da Rainha.
O dirigente destacou as qualidades do candidato Luís Patacho e realçou que a proposta mostra que há a necessidade de olhar para o concelho numa dimensão de resposta à pandemia, mas também de valorização dos recursos endógenos e de criação de oportunidades de investimento e de emprego. “É fundamental que nas autarquias tenhamos pessoas com visão estratégica, sem esquecer o que são as necessidades do imediato”, defendeu o antigo presidente da Câmara de Baião.
A necessidade de mais ambição na gestão do concelho foi também evidenciada pelo presidente da Federação Distrital, Walter Chicharro, defendendo que só dessa forma as Caldas poderá afirmar-se “como um motor da região onde está inserida”. Para o autarca da Nazaré, é necessário investimento numa rede de saúde e de transportes que sirva toda a população, ao nível empresarial, social e associativo, o que só se “consegue com equipas ambiciosas, programas arrojados e estratégias de médio e longo prazo”, referiu.
Walter Chicharro lembrou, ainda, que o PS é responsável pela eletrificação da Linha do Oeste e que faz “pressão diariamente” para que sejam retomadas as obras nas urgências do hospital das Caldas. E o presidente da Federação salientou que apesar de o PS estar no Governo não deixa de reivindicar a necessidade de cuidados intensivos na região.
A convenção, que juntou mais de 40 militantes e simpatizantes na plataforma digital e foi transmitida pelo Facebook, contou também com a participação da deputada e secretária nacional para as autarquias, Maria da Luz Rosinha, que recomendou a presença de mais mulheres e jovens nas listas, de forma a tornar a prática política mais interessante. Defensora da limitação de mandatos, a antiga autarca de Vila Franca de Xira lembrou que a Câmara nas últimas décadas tem sido gerida pelo PSD, levando à acomodação e a um sentimento de que “aquilo é uma coisa sua”. Irónica, deu o exemplo de Fernando Costa, referindo que os ideais do antigo presidente da Câmara eram tão firmes, que a “seguir ao amor da sua vida que eram as Caldas da Rainha, foi candidatar-se a Loures e coligou-se com o PCP”.
Maria da Luz Rosinha diz que o PS deve ter bandeiras políticas, nomeadamente a saúde e a concretização de um novo hospital no Oeste, que é um processo que demora pelo menos uma década a concretizar. “Fica a tarefa para a Sara [Velez] e para os presidentes de Câmara: isto tem de estar todos os dias na agenda”, disse, defendendo o confronto constante com estas questões, ainda que o governo seja da mesma cor política.

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Novo hospital é prioridade
Para o candidato à Câmara, Luís Patacho, a construção do novo hospital tem de estar na primeira linha e a sua localização não oferece dúvidas: Caldas é a maior cidade e um polo central no Oeste norte e reúne todas as condições não só para alojar este equipamento, como sustentar toda a dinâmica que existe em torno dele. A alternativa, que seria Torres Vedras, já está coberta pelos hospitais de Loures e de Vila Franca, disse, acrescentando que nas Caldas tem-se conseguido gerar consenso entre todas as forças políticas no que diz respeito ao perfil do hospital como quanto à localização.
Luís Patacho explicou ainda que o projeto autárquico socialista assenta nos eixos do termalismo, saúde e bem-estar, economia local e políticas sociais. Lembrou as iniciativas que têm apresentado no executivo, a maioria chumbadas pela maioria PSD, e deu nota de novas propostas como a de incentivos à natalidade, regulamento da ação social e a criação de uma incubadora de projetos sociais. E criticou o PSD por não ter um projeto para o concelho. “É um projeto estafado, que assenta no poder pelo poder”, opinou.
A abrir os trabalhos, a presidente da Concelhia, Sara Velez, deixou clara que a intenção do partido é ganhar as eleições nas Caldas, destacando que o projeto político do PS “não podia ser mais atual” e que apresentarão equipas “preparadas e que conhecem bem o concelho”. Entre os testemunhos estiveram os de dois elementos de assembleias de freguesias, que destacaram a importância deste trabalho de proximidade e que a “persistência ajuda a que os resultados apareçam”, sobretudo em freguesias mais conservadoras, referiu Nuno Anjos. ■

|D.R.

 

Sara Velez
Presidente da Concelhia

“A missão que temos pela frente é ganhar as eleições e o nosso projeto político não podia ser mais atual”

 

 

|D.R.

 

Luís Patacho
cabeça de lista
à Câmara

“O tripé do nosso projeto passa por um eixo do termalismo, saúde e bem estar, economia local e politicas sociais”

 

 

| D.R.

 

José Luís Carneiro
Sec. geral adjunto

“É fundamental que nas autarquias tenhamos pessoas com visão estratégica, sem esquecer as neces-sidades do imediato”

 

 

 

| D.R.

 

Maria da Luz Rosinha
deputada

“Temos que renovar as nossas listas e para isso é preciso tornar na politica mais interessante, sobretudo a prática política”

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