A CDU foi a grande derrotada da noite de eleições nas Caldas. Isto porque foi a candidatura que menos votos reuniu, porque perdeu 174 votos face a 2013 e porque viu o Bloco passar-lhe à frente também nas autárquicas. Ainda assim, e apesar do mau resultado nacional, José Carlos Faria garante que o resultado “não nos desmobiliza, nem desanima” e nota que “a luta continua, todos os dias”.
Na sede no Largo João de Deus, por volta das 19h40, não estava ninguém além de Vítor Fernandes, que de olhos postos na televisão (RTP), ainda não tinha resultados.
Voltamos às 21h45 e encontramos seis pessoas naquele espaço (incluindo o candidato à Câmara, José Carlos Faria). É por volta dessa hora que, ao redor da mesa (onde estava o jornal Avante), os comunistas sabem da primeira freguesia: Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório. E os resultados não são animadores, com uma quebra de 50 votos e a perda de um mandato.
Os resultados nacionais não trazem motivos para sorrir, com menos 60 mil votos do que em 2013 (-1,5%) e a perda de 42 mandatos e dez Câmaras no país (alguns bastiões comunistas caíram este ano).
Num balanço dos resultados a nível nacional, José Carlos Faria, candidato dos comunistas, disse que o PCP “não está morto” e que “o trabalho da CDU não se resume aos resultados desta eleição”.
“Já tivemos vitórias e derrotas”, salientou José Carlos Faria, notando que em 2013 o PCP foi o único partido nas Caldas que subiu a votação. Mas este ano o partido registou “uma ligeira quebra com menos um ponto percentual, que constitui um factor negativo, uma vez que o partido perde o eleito que tinha na União de Freguesias de N. Sra. Pópulo, Coto e São Gregório”, fez notar.
A nível local “o PSD obteve uma expressiva vitória, recuperando o seu quinto vereador e alargando a maioria absoluta de que dispunha, o que vem estreitar ainda mais a possibilidade da discussão participada e democrática” dos destinos do concelho.
A recuperação do quinto mandato dos sociais-democratas foi uma “surpresa” para José Carlos Faria, que achava que o CDS ia manter o vereador que tinha.
A reeleição de Fernando Sousa na Foz causou “espanto” ao candidato comunista. Já sobre os votos do MVC supõe que estes tenham regressado à casa-mãe, ou seja, ao PSD.
Pelas 23h45 a sede do PCP já estava fechada e de luzes apagadas.