Ferrovia e novo hospital na agenda dos sociais democratas do Oeste

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A distrital do PSD Lisboa Área Oeste, liderada por Duarte Pacheco (ao centro) foi eleita há cerca de um mês | Fátima Ferreira

A modernização da linha do Oeste a norte das Caldas da Rainha e a criação de um “atalho ferroviário” para Lisboa via Loures foram algumas das propostas apresentadas pela comissão política do PSD Lisboa Área Oeste ao presidente da OesteCIM, Pedro Folgado, no passado dia 20 de Março.
Em cima da mesa esteve também a construção de um novo hospital no Oeste e a criação de uma entidade para promover o turismo a nível regional.
O PSD e a Comunidade Intermunicipal estão em consenso naquelas que consideram ser as “grandes prioridades” para a região.

O presidente da comissão política distrital de Lisboa Área Oeste, Duarte Pacheco, não tem dúvidas de que a requalificação da Linha do Oeste irá avançar, mas quer ver contemplado no próximo quadro comunitário (Portugal 2030), a continuidade da requalificação para Norte e a alteração do traçado para Lisboa.
“Não ficamos satisfeitos se se gastarem 100 milhões de euros e não tiverem um contributo directo para as empresas e para a vida dos cidadãos”, disse o também deputado na Assembleia da República, que tem dúvidas se a requalificação, sem alteração de traçado, vai levar os passageiros a optar pela via ferroviária. Dando o exemplo de Torres Vedras, explicou que as pessoas estão a 20 minutos da Calçada de Carriche se forem de autocarro. No entanto, se optarem pelo comboio, e ainda que não mudem de composição, “vão passear até à Linha de Sintra para depois acabarem no Rossio”, disse o político que defende a alteração do traçado a partir da Malveira directo a Odivelas para entroncar no Metro ou, em alternativa, em Loures ir pelo canal do Trancão, ligar à Linha do Norte e terminar na gare do Oriente. Para Duarte Pacheco, esta segunda opção será a melhor, pois tem a vantagem de permitir o tráfego rápido de passageiros, mas também de mercadorias que entram na Linha do Norte para exportação.
Também o presidente da OesteCIM, Pedro Folgado, corrobora da necessidade de requalificação da Linha até à Figueira da Foz e de uma articulação diferente com Lisboa de modo a “resolver o problema da competitividade com a rodovia”.

Agência de promoção turística do Oeste

Outro dos assuntos que esteve em cima da mesa foi a necessidade de criação de uma agência para a promoção turística da região, independentemente do facto do território abrangido por esta estrutura não fazer parte do Turismo do Centro, onde está integrado o Oeste. Duarte Pacheco reconhece a importância do Turismo do Centro para a promoção externa da região, mas considera que dada a sua dimensão (envolve 100 municípios) deveria haver uma afirmação da marca Oeste através de uma agência envolvendo privados e agentes públicos.
Também a OesteCIM já tinha tornado pública essa pretensão, de criação de uma associação ou agência de promoção da região, não estando ainda definido, juridicamente, o seu funcionamento. “Temos que perceber que privados é que estão interessados em articular-se connosco, para que possam ser delineados estatutos concretizáveis”, explicou Pedro Folgado, acrescentando que a agência a criar ficará sediada na OesteCIM, nas Caldas.

UM NOVO HOSPITAL

O PSD Área Oeste defende também a criação de um novo hospital para a região. “Se é mais a norte ou a sul isso é outra coisa, mas pelo menos que se chegue a acordo sobre esta necessidade”, defendeu Duarte Pacheco, acrescentando que é preciso chegar-se a acordo depressa pois a sua posterior implementação será ainda bastante demorada.
Também o presidente da OesteCIM corrobora da necessidade de um novo centro hospitalar e defende que os autarcas têm que decidir onde o fazer. “O problema é a localização, ainda estamos nesse caminho”, referiu.
De acordo com o presidente da distrital, Duarte Pacheco, esta foi a primeira de outras reuniões que esta estrutura espera vir a concretizar. “Sempre que o presidente [Pedro Folgado] entender que seja útil que o PSD possa juntar as mãos à CIM para defender a região, cá estaremos”, concluiu o político torriense.
A Área Oeste do distrito de Lisboa foi criada como estrutura autónoma do 1976, reconhecendo a direcção do PSD a “forte dicotomia existente no distrito de Lisboa, entre os concelhos metropolitanos e os concelhos do Oeste que apresentam uma especificidade própria”, refere o site do partido.
Esta comissão política distrital integra as estruturas concelhias do PSD de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Cadaval, Lourinhã, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.