
A JSD das Caldas da Rainha retirou a confiança política à JSD distrital e demarca-se de toda a iniciativa daquela estrutura enquanto a actual comissão política estiver em funções.
Esta posição surge na sequência das acusações de traidores, por parte do presidente da distrital, Pedro Brilhante, e de um dos vice-presidentes, João Antunes dos Santos, a elementos da estrutura caldense por terem manifestado apoio ao candidato André Neves, ao invés de apoiarem Margarida Balseiro Lopes, natural deste distrito, para a liderança da JSD nacional.
Já antes, na composição dos nomes para a eleição da estrutura distrital, os jovens caldenses viram-se arredados da lista, que não integra nenhum representante desta concelhia.
No comunicado que emitem, os jotas caldenses dizem que não se revêem “num estilo de liderança autoritária e vingativa, sob o lema ‘ou estás comigo ou estás contra mim’, que não encaixam nos valores do nosso partido e da JSD, assim como na forma de estar na política”. Rejeitam a acusação de deslealdade por não apoiarem um militante do distrito e fazem notar que nos últimos dois anos a Comissão Política Distrital utilizou “todas as formas e engenhos para ostracizar” elementos das Caldas da Rainha. “Afastar a JSD das Caldas da Rainha de todos os eventos da distrital, é um acto ditatorial porque vem no seguimento de um processo eleitoral, que em democracia deve ser interpretado com respeito pela escolha de cada um”, referem no comunicado. Por outro lado, acrescentam, a juventude partidária caldense sempre participou na vida da distrital quando foi chamada para colaborar.
Rodrigo Amaro, presidente da JSD das Caldas considera que a distrital de Leiria perde com esta posição porque a estrutura caldense é das maiores e mais activas. Já as Caldas perde no contacto com a distrital, mas “continuará o seu dinamismo, como até aqui”, garante o jovem à Gazeta das Caldas.
Actualmente a JSD caldense possui cerca de 330 militantes.