Obra do Centro de Saúde de Óbidos custa mais 100 mil euros

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Unanimidade na Assembleia Municipal em torno da obra na unidade de saúde primária
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Assembleia Municipal aprovou a autorização dos encargos, num investimento de quase 500 mil euros

As obras no Centro de Saúde de Óbidos irão custar mais cerca de 100 mil euros do que estava inicialmente previsto, tendo a Assembleia Municipal de Óbidos autorizado, por unanimidade, aqueles encargos, na sessão da passada segunda-feira. Desta forma, a obra naquela unidade de saúde irá representar um investimento a rondar o meio milhão de euros (cerca de 487 mil euros).
Segundo Filipe Daniel, presidente da Câmara de Óbidos, o procedimento, que custará mais 100 mil euros, deve-se, por um lado, ao aumento do custo dos materiais, mas, por outro, a uma decisão do executivo municipal com o objetivo de reforçar o conforto dos utentes na utilização do espaço, adicionando “coisas simples como a questão de um capoto, que robustece o conforto térmico e acústico”, exemplificou.
O procedimento anterior foi elencado no Portugal 2020 e agora, face a uma nova abertura de concurso, o financiamento deverá provir do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), estando a autarquia na esperança de receber o financiamento a 100% de fundos comunitários.
“Carece, naturalmente, de uma candidatura, mas os utentes de Óbidos não têm de estar à espera das candidaturas numa matéria tão sensível quanto a saúde, pelo que esperamos ter esse financiamento, porque esse dinheiro vai-nos permitir chegar a outros investimentos, mas se for necessário, iremos dar seguimento a esta matéria”.
Os vários partidos salientaram a importância desta obra. Sílvia Maurício (PCP) disse-se preocupada com “o atraso que já se regista no arranque” da empreitada.
Fernando Ângelo (PS) também considerou que esta “só peca por tardia”. “Já vimos obras concluídas nos concelhos vizinhos, como em Caldas, Alcobaça e até Nazaré, que recorreram a financiamento do Quadro Comunitário de 2020 e aqui andámos a enrolar, talvez pela delegação de competências”, apontou o deputado municipal.
José Manuel Marques (Chega) quis saber para onde iriam os serviços durante a obra, tendo Filipe Daniel explicado que deverá ser utilizado o pavilhão municipal desportivo, complementando essa infraestrutura com um conjunto de módulos que deverão funcionar durante o tempo em que decorrer a obra, sendo o prazo da mesma, segundo os empreiteiros, de cerca de dez meses.
“Foi-nos identificada a possibilidade de utilizar os outros centros de saúde para distribuir os utentes por essas unidades”, explicou Filipe Daniel, salientando, ainda assim, que a solução deverá passar mesmo pelo pavilhão desportivo. O autarca também é da opinião que “as condições em que se encontra o Centro de Saúde de Óbidos revelam que há décadas que deveria estar resolvido”.
Na mesma Assembleia, o presidente da Câmara de Óbidos revelou também que o estacionamento atrás da Caixa Geral de Depósitos será asfaltado na zona do campo de futebol e passará a ser pago, sendo que os obidenses deverão ter uma ou duas horas de estacionamento gratuito.
“É nossa intenção fazer uma bolsa de estacionamento junto à zona do antigo ringue e criar um edifício para retirar alguns serviços do interior das muralhas”, contou, acrescentando que também poderá ali funcionar um serviço de front office de alojamento, que faria a receção e check-in dos turistas e os encaminharia. Sobre a Praça da Criatividade, o edil explicou que no mês de março deverá ser feita a receção provisória da obra.
A delegação das competências da ação social no município foram novamente recusadas, numa sessão em que foi feito um voto de pesar pela guerra na Ucrânia e um minuto de silêncio pelas vítimas. Esta foi uma proposta dos grupos municipais do PSD, PS e Chega, que foi aprovada com a abstenção do PCP, numa posição polémica, que foi justificada pela deputada municipal com a falta de ação e até de menção em vários outros conflitos ao longo dos anos. “É uma questão de sermos pelos povos, não especificamente pelo povo ucraniano. Somos a favor da paz”, salientou.
Entretanto, a Câmara de Óbidos, revelou Filipe Daniel, está a preparar-se para receber refugiados, caso se venha a colocar esse cenário, e também para ajudar os cidadãos ucranianos que já residem neste território, quer a nível psicológico, quer na receção de familiares e amigos.
O autarca revelou que entraram de imediato em contacto com a secretaria de Estado das migrações e com a Segurança Social. Por outro lado, também já está a ser feito um diagnóstico, com a colaboração das Juntas de Freguesia, para tentar saber quantos cidadãos ucranianos vivem atualmente no concelho. ■

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