PS acusa executivo de apresentar orçamento eleitoralista

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Os vereadores Jaime Neto e Luís Patacho justificaram o voto no Orçamento | Fátima Ferreira
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“Olhamos para o orçamento e o único projeto que dali decorre é o de perpetuação do PSD no poder”, criticou o vereador socialista Luís Patacho, lembrando que são 93 as iniciativas que já tinham verbas inscritas e que se repetem no orçamento da Câmara para o próximo ano. Na conferência de imprensa promovida pela Concelhia do PS, o vereador destacou que algumas das rúbricas, como plano de incentivo à captação de emprego, já tem uma década e nunca foram concretizadas.
Entre os fundamentos para votar contra o orçamento para 2021, o PS aponta a ausência de um projeto sustentado de desenvolvimento a médio e longo prazo. Para os socialistas, a prioridade deve ser dada ao eixo da saúde, termalismo e bem-estar, que também alavancará a economia local e regional, a par da requalificação urbana e ambiental, do turismo e cultura, e lembram que já apresentaram propostas nesse sentido. Defendem, também, a diversificação do tecido económico, realçando que as Caldas está muito dependente do comércio e serviços que, em momentos de recessão económica, são setores muito afetados.
Os vereadores Luís Patacho e Jaime Neto criticam também o “eleitoralismo” deste orçamento, que se reflete numa “excessiva” concentração de obras para o último ano do mandato. “Mais de 3,3 milhões de euros do orçamento para 2021 são para repavimentações, enquanto que para este ano esteve previsto 1,4 milhões de euros”, especificam, questionando se faz sentido, em ano de pandemia, aumentar-se exponencialmente as pavimentações e desinvestir-se na ação social, no subsídio a associações e no desenvolvimento económico.
Embora o presidente da Câmara tenha referido que haverá num reforço de verbas em fevereiro (com a inclusão do saldo de gerência), os socialistas dizem que não há garantias sobre as áreas abrangidas e quais os valores. Garantem que vão continuar a apresentar propostas, grande parte delas saídas do seu programa eleitoral, mas lamentam que a maioria das apresentadas, e aceites pelo executivo, depois não sejam executadas. “E isso é uma desconsideração política pela oposição”, disse Luís Patacho.

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