Partido renova confiança no vereador para abraçar novo desafio autárquico no concelho. Grupo de militantes apresentou o empresário Joaquim Beato Caetano como candidato a candidato, mas a escolha da estrutura local dos socialistas recaiu no mesmo cabeça-de-lista das últimas eleições. O PS nunca foi poder nas Caldas, terreno tradicionalmente muito fértil para o PSD
Luís Miguel Patacho é o candidato do PS à Câmara Municipal das Caldas da Rainha nas eleições autárquicas de 2021.
A escolha do cabeça-de-lista dos socialistas foi aprovada, na quinta-feira da semana passada, numa reunião da Comissão Política Concelhia (CPC) das Caldas do PS “muito participada”, nas palavras da líder local, Sara Velez, e com duas soluções em cima da mesa.
Ainda antes do conclave, o empresário Joaquim Beato Caetano foi proposto como candidato a candidato por um grupo de militantes que integrava, entre outros, Isabel Alves Pinto.
Em comunicado, aquele grupo de militantes elogiara o perfil do conhecido empresário caldense, que classificava como alguém “capaz de gerar consensos na comunidade”, além de um homem “com provas dadas em termos de mérito, possuidor de amplo prestígio profissional e social”.
Porém, a estrutura liderada por Sara Velez decidiu renovar a confiança no vereador do PS para liderar o próximo combate eleitoral no concelho, dando, desse modo, continuidade à oposição que tem vindo a ser feita neste mandato à maioria absoluta do PSD de Tinta Ferreira.
Para a presidente da Concelhia socialista, a “experiência” de Luís Miguel Patacho enquanto vereador ao longo dos últimos três anos foi determinante na escolha do cabeça-de-lista do PS nas próximas autárquicas. De resto, Sara Velez considera que a presença do candidato na vereação “será uma mais valia para esta candidatura do PS/Caldas” às eleições que deverão decorrer em Outubro do próximo ano.
Luís Miguel Patacho foi o candidato do PS nas autárquicas de 2017, tendo recolhido 24,16% da preferência do eleitorado. O candidato socialista obteve um resultado ligeiramente superior às eleições de 2013, com mais 425 votos, mantendo os dois vereadores no executivo municipal. Mas viu o PSD chegar aos cinco vereadores e, além disso, reforçar a votação no concelho, com mais 2189 votos do que na anterior ida às urnas.
O PS/Caldas “encontra-se, a partir deste momento, em condições de avançar para a fase seguinte da preparação do seu projecto para o próximo ciclo que iniciará com as eleições em 2021”, salientou a dirigente em comunicado, no dia seguinte à reunião da Comissão Política Concelhia das Caldas do PS.
Para Sara Velez, a “participação activa na discussão das oportunidades e na resolução dos problemas sentidos” de Luís Miguel Patacho “serão essenciais para este projeto autárquico que se pretende agregador de todas as vontades de progresso e desenvolvimento concelhio”, notou Sara Velez.
O melhor resultado de sempre do PS nas Caldas foi obtido em 1976, nas primeiras eleições autárquicas, ao recolher 32,71% dos votos e elegendo três vereadores. Desde então, nunca conseguiu ameaçar o domínio do PSD no concelho, apenas interrompido pelo CDS-PP nas autárquicas de 1982.
ELEIÇÕES NA JS marcadas para amanhã
Manuel Martins era, até ao fecho desta edição, o único candidato à liderança da Juventude Socialista das Caldas da Rainha. O prazo para a entrega das listas terminava ontem e o acto eleitoral, destinado à eleição da Mesa da Assembleia da Concelhia, do Secretariado da Concelhia, do presidente da Concelhia e dos representantes na Comissão Política Concelhia do PS decorre amanhã, sábado.
distrital vai a votos
Em tempo de clarificação interna a pensar nas próximas eleições autárquicas, a Federação Distrital de Leiria do PS vai votos hoje e amanhã, com dois candidatos na disputa da liderança.
O presidente da Câmara da Nazaré, Walter Chicharro, que tem gerido a estrutura distrital do partido após a saída de António Sales para o governo, enfrenta o advogado José Pereira dos Santos, que procura apresentar-se como alternativa.
As eleições na Federação estiveram, inicialmente, marcadas para o passado mês de Março, mas a pandemia adiou a realização do acto eleitoral, que vai decorrer durante dois dias.
A campanha, contudo, ficou claramente marcada por situações anómalas, como as do envio de cartas anónimas para militantes, prática que parecia ter caído em desuso nos partidos.