PSD sem caravana numa noite caldense de pasmaceira

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Nas Caldas da Rainha não houve caravana da vitória, contrariando uma prática de décadas. O PSD estará tão habituado a ganhar que já não vê razões para festejos? Ou o escasso número de militantes junto à sede e a derrota a nível nacional desincentivou uma caravana que, de tão fraquinha, ficaria aquém da vitória retumbante? A explicação oficial de Tinta Ferreira foi a de que não quiseram importunar as pessoas a uma hora tão tardia.

Na verdade, a cidade das Caldas viveu uma noite de pasmaceira no rescaldo das eleições. Com os cafés do centro fechados, não se via ninguém nas ruas, com excepção de um grupo de jovens que permanecia em frente à sede do CDS na rua das Montras.
Perdeu-se uma tradição que havia sido iniciada em 1976 – ainda com meios mecânicos de fotocópias e agrafadores – da exibição dos resultados na Praça da República, onde se juntavam centenas de pessoas. A falta de um painel electrónico na Praça da Fruta e o desmazelo com que são tratados os restantes existentes na cidade, que estão desligados há vários meses, eliminou uma tradição interessante que juntava muitos caldenses curiosos em seguir os resultados e comentá-los pessoalmente sem ser só através das redes sociais.
Contactado pela Gazeta das Caldas, o município respondeu que os painéis instalados na cidade “têm um problema estrutural relacionado com a humidade, que os avaria constantemente”. Como já passaram o prazo da garantia, terão de ser reparados pela Câmara, mas o seu custo é muito elevado. Por outro lado, como foram objecto de comparticipação comunitária, não podem ser retirados.
Fonte oficial do município diz ainda que “hoje existem muitos outros meios de divulgação dos resultados eleitorais a que todos os cidadãos têm acesso”.

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PSD ÓBIDOS MAIS FESTIVO

Mas já em Óbidos os social-democratas exorcizaram o susto que representou o PS nestas eleições. Os socialistas tinham feito uma campanha bastante visível e com a presença de figuras de peso do PS nacional e até ao último dia não era claro se Humberto Marques se mantinha “alcaide” do seu castelo. Para mais, as tropas social-democratas tinham resmungado pelo facto de este se fazer rodear de independentes e não de verdadeiros militantes, daqueles que colam cartazes. Mais: Humberto Marques temia ficar prejudicado pela onda negativa do PSD nacional. Por isso, esta vitória – com uma votação reforçada e bem acima do que era esperado – acabou por unir todos e a caravana andou em apoteose a percorrer durante mais de duas horas todas as freguesias do concelho.

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