
Também António Curado volta a encabeçar a lista à Assembleia Municipal que, à semelhança da Câmara, conta com elementos do PS, num acordo de cooperação autárquica
O PS caldense não se candidata, pela primeira vez nas Caldas, às autárquicas, integrando as listas do Vamos Mudar, num acordo de cooperação autárquica. Trata-se de uma “cooperação de forças, sem perda identitária” do VM e do PS, num projeto que “é mais do que a soma das partes”. As duas forças referem que, independentemente dos ideais políticos, une-os as Caldas da Rainha e que este acordo não se fecha sobre si mesmo, a “porta mantém-se aberta a quem desejar colaborar ativamente na construção de um concelho unido e agregador”.
Para os próximos quatro anos o VM elenca cinco objetivos estratégicos. O primeiro deles passa por defender a construção do Hospital do Oeste nas Caldas e proporcionar os melhores cuidados de saúde aos munícipes. Também a segurança é uma prioridade, com o VM disponível para desenvolver mais medidas no futuro, nomeadamente através do reforço de meios, “da forma mais célere possível”. O VM pretende também contribuir ao nível da Educação, investindo em melhores refeições para as crianças e jovens, difundir as melhores práticas de gestão educativa e investir nos recursos humanos e no ensino.
O termalismo e a dinamização da cidade são o quarto objetivo, partindo da visão desenvolvida no Masterplan para o Termalismo e na Estratégia e Plano de Ação da Marca Caldas, que também contêm medidas de dinamização do concelho.
O último objetivo estratégico prende-se com o desenvolvimento da economia, com o VM a comprometer-se em “investir seriamente” na captação de investimento e em manter as indústrias instaladas.
Na apresentação pública, que decorreu a 18 de junho no Céu de Vidro, o candidato à Câmara, Vítor Marques, começou por chamar a equipa que o acompanha. Joaquim Beato e Conceição Henriques mantêm os lugares e, em quarto lugar surge o socialista Pedro Seixas, seguido de António Vidigal e Susana Silva (ambos do VM) e em sétimo lugar está a socialista Natália Marim. “Não somos políticos de carreira, somos pessoas que fazem o melhor pelo seu concelho, em torno da honestidade e da determinação”, disse Vítor Marques, convidando todas as pessoas “interessadas no bem das Caldas” a dar força ao movimento ou apoio a candidatura porque “aqui ninguém pergunta de que partido são, mas o que podem fazer pelo concelho”.
Considera que “não podemos voltar ao passado”, destacando que têm projetos e meios para transformar a cidade e o concelho, com o envolvimento de todos, consolidando uma “rede de participação cívica, real, ativa e diversificada”.
Lista “rejuvenescida” para a AM
No seu discurso, o candidato à Assembleia Municipal, António Curado, valorizou o “papel ativo” dos representantes eleitos pelo VM no atual mandato. E, para o novo, a lista de candidatos “rejuvenesceu, enriqueceu-se com a inclusão de novos elementos em consequência do entendimento político” , disse, destacando que do 1º ao 28º lugar (21 efetivos e 7 suplentes) inclui cidadãos de “elevado valor e compromisso cívico”. Destes, nove são do PS.
António Curado elencou várias das causas que os movem, nomeadamente na área da saúde, ambiente, mobilidade, valorização do território e investimento no termalismo, destacando que é pela defesa dessas causas que se sente “honrado” por estar novamente ao lado de Vítor Marques e de todos os que manifestaram apoio à candidatura. O candidato a presidente da Assembleia quer continuar a fazer deste órgão um “verdadeiro espaço livre de participação política transparente, valorizando as ideias dos munícipes e as suas intervenções” e continuar a “dar real valor” às palavras que abrem o seu regimento.
A primeira intervenção coube a Cláudia Henriques, empresária e organizadora de eventos culturais, que manifestou o apoio à candidatura de Vítor Marques, que considera um “ato de coerência e de esperança”. A também proprietária da Loja do Sr Jacinto, destacou a sua “frontalidade, humanidade e humildade”.