A partir de segunda-feira Caldas da Rainha vai passar a dispor de mais um museu, este dedicado ao escultor e professor Leopoldo de Almeida. Será provavelmente o 10º espaço expositivo na cidade que, mesmo assim, não tem feito dos mesmos uma aposta substantiva em termos culturais.
Leopoldo de Almeida foi um dos nomes mais importantes da escultura do seu tempo e que, mesmo ligado de forma muito próxima ao anterior regime, é ainda hoje admirado pelos seus alunos, mesmo por aqueles que eram da oposição.
Para fazer o tratamento necessário nas obras artísticas que serão expostas, foi convidada a caldense-obidense Arlinda Ribeiro, que fez a sua formação em Conservação e Restauro em Inglaterra e que nos últimos anos tem desenvolvido essa actividade um pouco por todo o país.
Foi um trabalho de vários meses, com vista a dar vida e a recuperar as obras que estiveram guardadas em locais menos próprios desde a morte do seu autor em 1975 e que se degradaram com o tempo.
Os visitantes irão apreciar a partir de agora os trabalhos que um dos mais importantes mestres da estatuária oficial fez durante grande parte do século passado e onde vão encontrar esboços, maquetes e obras que são conhecidas de muitos, como o Padrão dos Descobrimentos em Lisboa, o monumento a Calouste Gulbenkian dos jardins da Fundação, os reis de Portugal no Campo Grande, bem como inúmeras estátuas equestres que se encontram no país.
A qualidade da apresentação vai dever-se à conservadora restauradora Arlinda Ribeiro que Zé Povinho destaca nesta edição e que é merecedora pelo sua persistência e meticulosidade.
No espaço de um ano o CHO deixou de preparar citotóxicos, primeiro no hospital das Caldas da Rainha (Abril de 2016) e depois no hospital de Torres Vedras (Abril de 2017).
Motivo: não conformidades detectadas pelo Infarmed aquando da realização de inspecções.
E durante estes 12 meses o que fez o Conselho de Administração do CHO?
Procurou resolver as não conformidades da farmácia das Caldas?
Preparou um projecto para remodelar a farmácia do hospital caldense por forma a poder preparar os citotóxicos?
Reuniu com a tutela no sentido de obter financiamento para este importante investimento?
Preocupou-se em verificar se a farmácia do hospital de Torres Vedras teria as mesmas não conformidades da do hospital das Caldas da Rainha?
Antecipou que podia acontecer em Torres o mesmo que aconteceu nas Caldas?
Deu de barato que isto dos citotóxicos pode deixar de ser uma valência do próprio CHO podendo este ser abastecido por outros hospitais?
E explicou tudo isto às populações, aos autarcas, aos doentes, à comunicação social, num elementar exercício de cidadania, responsabilidade social e de gestão da coisa pública?
Para Zé Povinho, talvez todas estas perguntas se possam resumir numa única resposta. Aquela que a administração do CHO deu à Gazeta das Caldas sobre por que motivo não foram feitas obras na farmácia do hospital caldense: “os investimentos necessários ainda não estão quantificados”.
Um ano depois!
A Dra. Ana Harfouche, presidente do Conselho de Administração do CHO, já pensou em colocar o seu lugar à disposição?