A Semana do Zé Povinho

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O vereador Dr. Tinta Ferreira, responsável pelos mercados, teve um assomo de sensatez ao propor o adiamento das obras de requalificação da Praça da República onde se realiza diariamente o mercado da fruta, como é conhecido.
Zé Povinho, em certos momentos prefere ser conservador e não arriscar no desconhecido, pelo que achava que iniciar as obras no empedrado da Praça no mês de Março ou Abril, podia ser de uma ousadia trágica para a vida económica da cidade neste ano da tragédia greco-portuguesa de 2012.
Mas, tendo quase dez meses para preparar a solução provisória, seria de todo o interesse estudar conscientemente as soluções alternativas para instalar a praça nesse período, sendo que o espaço nas traseiras  do Chafariz das 5 Bicas e certas ruas nas imediações, nomeadamente a Rua Provedor Frei Jorge de S. Paulo e Conselheiro José Filipe, desde que devidamente preparadas, podem reunir boas condições para o efeito. Era ainda uma forma de aproveitar o pequeno auditório ali existente para acções de animação do mercado.
Está por isso de parabéns o Dr. Tinta Ferreira, sabendo desde já que no próximo ano, se o prazo das obras falhar, coincidirá com as eleições para a Câmara, que penalizarão duramente os futuros candidatos que forem responsáveis pelo (mau) andamento dos trabalhos.

A Associação Desportiva de Machico já teve duas faltas de comparência no campeonato da I Divisão Nacional de voleibol por não ter recursos financeiros para se deslocar ao continente. Ao que parece, diz o regulamento que ao fim de duas faltas a equipa prevaricadora é excluída da prova, mas a Federação Portuguesa de Voleibol não só não fez cumprir a regra, aceitando integrar a formação madeirense no sorteio da segunda fase, como também nada faz para ajudar os clubes nas suas deslocações entre as ilhas e o continente, por forma a viabilizar o seu principal campeonato.
O problema do Machico não é único, já que o Marítimo, também da Madeira, já faltou a um jogo no continente pelas mesmas razões, aparentemente por dificuldade do Estado em desbloquear as subvenções destinadas às deslocações dos clubes insulares ao continente e entre ilhas.
Esta é uma questão que devia ser resolvida, ou pelo menos clarificada rapidamente pela federação, já que é a própria credibilidade do campeonato que está em jogo. A fase mais decisiva começa já este fim-de-semana e a aplicação, ou não, de um regime de excepção a esta regra terá consequências directas no resto da prova para as outras equipas que procuram evitar a descida, entre elas o Sporting Clube das Caldas.
Por outro lado, esta questão chamou a atenção de Zé Povinho porque pode vir a ter um efeito de bola de cristal sobre o que se poderá vir a verificar num futuro próximo com muitas outras colectividades um pouco por todo o país. É que as dificuldades financeiras dos clubes e de quem os apoia poderáo significar perda de quantidade e qualidade dos serviços de prática desportiva e de lazer que as colectividades oferecem e que são de extrema importância para a formação dos nossos jovens.

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