A candidata à Presidência da República esteve nas Caldas a visitar o Cencal e a ESAD, destacando a ligação do conhecimento à vertente prática como chave para o desenvolvimento do país
A visita de Ana Gomes às Caldas, a 26 de novembro, começou no Cencal, o centro profissional que a deixou “completamente conquistada”, e que quer ver apoiado após a pandemia. A antiga eurodeputada socialista destacou que os saberes que ali são preservados e transmitidos podem projetar as capacidades artísticas e técnicas naqueles setores e são um potencial para o desenvolvimento do país.
A candidata a Belém apercebeu-se ainda da “extraordinária motivação” da direção do Cencal, que leva a que, apesar de todas as dificuldades, continuem a laborar. Realçou o facto de este centro de conhecimento estar localizado nas Caldas, o que vê como um exemplo da descentralização que é necessário fazer, de modo a fixar pessoas fora dos grandes polos urbanos.
Seguiu-se uma visita à ESAD e outras escolas do IPL. “Tenho muito interesse em ver como as questões da educação estão a ser vividas nestas escolas, como estão a adaptar-se às restrições e, sobretudo, como gerem a sua atividade para além deste período especial”, disse Ana Gomes à Gazeta das Caldas durante a visita.
A candidata considera que a formação, que ligue o desenvolvimento científico do conhecimento com a vida prática do saber laboral das empresas, é a chave para o desenvolvimento do país”, pelo que os polos de ensino politécnico “são da maior importância”.
Após uma reunião com os autarcas na OesteCIM, a candidata à Presidência da República seguiu para a capital de distrito.
Ana Gomes considera fundamental ouvir as pessoas e, embora a pandemia condicione a pré-campanha, não desperdiça nenhuma oportunidade de ver como funcionam as instituições.
A socialista considera que o país precisa de rumo estratégico, que deve ser ajudado a definir por todos. Embora Portugal esteja inserido nas linhas estratégicas da União Europeia, há que “ter a noção” de como poderemos contribuir e do que se pode desenvolver em benefício do povo, de autonomia estratégica e de uma regulação que é necessária para o global”.
Ligação às Caldas
Ana Gomes está ligada à Caldas da Rainha por parte dos avós maternos, que moraram na zona de S. Cristóvão e mais tarde no Bairro Azul. “A minha mãe foi empregada na farmácia do Dr. Custódio Maldonado Freitas”, recorda, acrescentando que, em criança chegou a vir à casa dos avós e que atualmente ainda tem familiares a residir na cidade.