Anjos, pombas e mantas bordadas por Catarina Bonito estão em exposição no centro da cidade e lembram que o mundo “precisa de amor e ternura”
Abriu portas, a 10 de dezembro, a exposição de artesanato de Catarina Bonito, no Espaço Liberta, o estúdio de fotografia que fica na Cova da Onça.
A autora, filha de emigrantes na Alemanha, viveu no Luxemburgo, EUA e Brasil e faz trabalhos artesanais, usando têxteis e bordados. Atualmente mora em Óbidos e é em casa que costura anjos, pombas e que borda mantas e almofadas com mensagens ternas, de amizade e de paz.
“A paixão em bordar os anjos já é antiga”, explicou a artesã à Gazeta das Caldas, acrescentando que desenvolveu este gosto quando integrou o Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GRAACC) quando viveu no Brasil.
Catarina Bonito integrava o grupo de voluntárias que fazia trabalhos manuais com as crianças que aguardavam os seus tratamentos. Foi no grupo que obteve apoio para continuar com este trabalho artesanal. No fundo, deram-lhe “asas para continuar”. Para a autora, “cada peça é feita com muita ternura e bordar é uma terapia da felicidade”.
Para executar as peças, Catarina Bonito combina diferentes tecidos. Cria e decora os seus anjos um a um. Alguns estão em molduras mas “fixados” apenas com velcro, sendo amovíveis.
Na mostra, onde a autora criou um espaço confortável de “lar, doce lar”, podem ser apreciadas várias almofadas e mantas bordadas, pela autora.
“A cada ponto, a minha mente viaja para locais bonitos”, disse a autora que, para já, encara o artesanato como um passatempo. Um dia, gostaria de se dedicar apenas aos seus trabalhos manuais.
O gosto pelas linhas e tecidos começou em tenra idade quando vivia na Alemanha e acompanhava a sua mãe, que trabalhava com educadoras. Aos seis anos “já sabia fazer macramé”, contou ao autora.
“Do Oeste para o mundo”
Esta é a primeira exposição de Catarina Bonito que também apresenta os seus desenhos em postais. Segundo a artesã, as temáticas do anjo amigo, do coração e das pombas da amizade são para continuar pois “o mundo precisa de tanto carinho e estas peças estão carregadas de amor”.
Carla Froger, a responsável pelo Espaço Liberta considera que o trabalho de Catarina Bonito “tem que sair do Oeste para ser conhecido em todo o mundo”.
Desde a abertura deste espaço, em maio, já decorreram seis exposições com autoras. A maioria – de áreas como a cerâmica e a ilustração – “não têm vitrines” e aproveita a oportunidade para dar a conhecer o seu trabalho.
A exposição de Catarina Bonito está patente até início de janeiro. ■