O artista plástico Francisco Vidal, que se formou na ESAD, nas Caldas, através do programa artístico MAKA (Momento de Arte e Kultura Africana de Lisboa), está a participar no Festival Iminente com uma instalação de arte pública que presta homenagem ao actor Bruno Candé, assassinado em Julho passado.
“A primeira lição que um pai africano na diáspora ensina ao seu filho é que ele não será um mártir”, contou o artista à Gazeta das Caldas, acrescentando que a instalação se refere àquele mote e, em simultâneo, é dedicada a Bruno Candé e aos seus três filhos, todos com menos de 10 anos.
Além da intervenção artística, criou t-shirts com serigrafias originais (custam 100€) e cuja venda reverte integralmente para a família do actor. Filho de cabo-verdiana e angolano, foi um dos representantes de Angola na 56ª Bienal de Veneza (2015). Francisco Vidal expõe desde 2005 e está representado em colecções públicas e privadas. Além deste autor, há outros artistas estabelecidos em Lisboa que se formaram nas Caldas e, como tal, Francisco Vidal considera que faria sentido que se estabeleçam “pontes artísticas” entre as cidades.