Encontro com a Comissão da Saúde está marcado para 27 de setembro
Os representantes da Assembleia Municipal caldense, juntamente com os presidentes das câmaras das Caldas, de Óbidos e de Rio Maior, irão reunir com a Comissão da Saúde da Assembleia da República, no dia 27 de setembro. O pedido já tinha sido feito há algum tempo e foi agora marcado encontro onde os autarcas pretendem falar de saúde, desde os cuidados primários aos cuidados de saúde hospitalar, passando pela construção do novo hospital do Oeste. De acordo com o presidente da Câmara das Caldas, Vítor Marques, foram colocados recentemente mais dois médicos no concelho das Caldas, mas as vagas existentes não foram todas preenchidas, continuando milhares de utentes sem médico de família. O autarca enaltece todo o esforço que os profissionais de saúde têm feito, em particular no hospital das Caldas, e avança que foi aprovada a candidatura que permite investimento em equipamento para a especialidade de Gastroentrologia. No entanto, não deixa de mostrar a sua preocupação com o facto da Urgência de Ginecologia/ Obstetrícia e Bloco de Partos não funcionar vários dias por semana, depois do investimento feito naquele serviço, com o apoio da autarquia. “O município também fez investimento para ter aquele espaço aberto e não estamos a ter todo o retorno que pensámos que iriamos ter, mas sabemos das dificuldades que há a nível nacional”, reconheceu.
Tendo em conta os problemas que se têm verificado no setor da saúde, o presidente da Câmara defende um pacto de regime, um “entendimento das forças políticas, a nível nacional, para que cada vez que muda um governo, não mudem as diretrizes e as orientações”. Considera que é necessária “serenidade, segurança nos procedimentos, para que possamos recuperar e reabilitar o SNS. Se houver mudanças constantes, como tem vindo a acontecer nos últimos anos, não vamos ter sucesso nas medidas que são tomadas”, refere, pedindo aos decisores para que possam “convergir nesse objetivo”.
As obras previstas para o centro de saúde das Caldas obrigam à deslocação dos serviços para o antigo externato Ramalho Ortigão, cujas obras de adaptação já começaram. Vítor Marques estima que a transferência dos serviços possa acontecer até ao final do ano, o mesmo acontecendo com a Divisão de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (DICAD), que ficará a funcionar no antigo espaço da Saúde Pública. ■