O mercado de criativos regressou ao tabuleiro da Praça e teve um retorno bem sucedido. Bazar terá maior regularidade
O bom tempo fez questão de marcar presença no retorno do Bazar à Noite, no passado sábado, 2 de abril, na Praça da Fruta.
As frutas e legumes da manhã deram lugar a novos produtos, de autor, feitos por meia centena de produtores, a maioria da região, que trouxe artesanato, comida, cerâmica, trabalhos gráficos, pinturas, ilustrações num sem fim de propostas que cativaram público de todas as idades.
Umas das notas mais constantes foi a presença de famílias com as crianças e até acompanhadas pelos animais de estimação.
Além das bancas de venda de produtos de autor e de comida variada, houve música e assistir a animação com malabares e que, à noite, se transformaram em manipuladores de fogo.
Segundo Nicola Henriques, dos Silos Contentor Criativo, “há pelo menos dois anos” que almejavam “regressar ao espaço público”. E, como há vontade de compradores e vendedores, o Bazar vai passar a ter maior regularidade. “Há condições para realizarmos, pelo menos, mais quatro edições”, disse o responsável, que aponta a futura realização para os meses de maio e junho e também de novembro e dezembro.
Na opinião do dirigente, a criatividade é um fator de atração de visitantes às Caldas e é preciso apostar na regularidade deste tipo de realizações.
O Bazar à Noite poderá ter outros parceiros e “até alavancar o aparecimento de outros projetos”, referiu, acrescentando que há ideias para que o evento possa ter outros núcleos nas imediações da praça, dedicados, especificamente, à comida ou à mobilidade suave.
De volta, após nove anos
O organizador do Bazar contou que neste regresso, ao fim de nove anos, se tentou juntar autores das Caldas e da região com estudantes da ESAD, uns que estão a estudar e outros que decidiram ficar a trabalhar na zona.
Carla Froger veio com o marido e filha pela primeira vez ao evento. “Vivemos há quatro anos nas Caldas e ainda só conhecíamos o Caldas Late Night e sentia falta da presença dos artistas regular na cidade”, referiu a fotógrafa, satisfeita com esta feira de autor e que até colocou a hipótese de participar em próximas edições.
A Associação Fá-lo trouxe as propostas de vários artistas: bijutaria de Catarina Camelo (artista que estudou na ESAD), como brincos feitos com restos de plásticos de óculos de sol, diários gráficos de Mafalda Matos e peças têxteis (com tingimentos naturais) e de joalharia em croché de Alice Aranha, entre outras propostas.
“É a primeira vez que estamos a participar e é bom poder reunir artistas, amigos e potenciais clientes”, resumiu Rafael Sabino, um dos mentores do Fá-lo.
Miguel Matos, estudante de Design Gráfico da ESAD, estava na banca com vários colegas e em conjunto tinham pinturas, cerâmica, pinturas e t-shirts decoradas. “E já vendemos alguns trabalhos”, referiu o participante.
Também já com vendas concretizadas estava a ilustradora Beatriz Penas, de Santa Catarina que deu a conhecer os seus cadernos e totebags que faz no seu estúdio de ilustração que tem nas Caldas. “Não estava à espera que estivesse tanta gente!”, assumiu a vendedora, com banca ao lado de Mariana Narciso, de Leiria, que está a estudar Ilustração e Produção Gráfica na ESAD e que trouxe prints e autocolantes para o certame.
Também em estreia esteve a colombiana Joana Gamboa, que adorou o Bazar, pois logo na primeira hora vendeu sete malas, totalmente feitas à mão. Além de querer voltar, solicita mais divulgação para o evento.
O visitante Joaquim Saloio dá primazia à comida do Bazar. Já se tinha deliciado com um bolo de grão e esperava vez para provar os hambúrgueres e talvez a pizza pois são sempre propostas “diferentes” e “um excelente atrativo para os visitantes”.