O Governo comparticipou com uma verba de 100 mil euros o CRAI – Centro de Recolha Animal Intermunicipal Bombarral e Cadaval, obra que custou 800 mil euros. Foram as duas autarquias a financiar, com fundos próprios, um equipamento que é considerado imprescindível para o bem-estar animal.
Devido às exigências legais, o canil ficou mais caro que o Centro de Saúde do Cadaval, que custou cerca de 700 mil euros e contou com cofinanciamento do Estado e de fundos comunitários a 100%.
O CRAI tem condições para alojar entre 46 a 72 cães por concelho, em função do tamanho dos animais. Inaugurado no passado dia 29 de junho, por ocasião do feriado municipal do Bombarral, ainda vai demorar algum tempo que entre em funcionamento, porque estão pendentes algumas questões.
A primeira diz respeito à entidade gestora, que levou à constituição da Associação de Municípios de Bombarral e Cadaval, já aprovada pelas autarquias, mas cujos processos burocráticos para a legalização ainda decorrem. Só depois será constituído o quadro técnico.
Autarquias pretendem apostar na adoção responsável dos animais errantes
Estava também prevista a assinatura dos protocolos de colaboração com duas associações de proteção de animais, mas apenas marcou presença a Associação Protetora dos Animais do Cadaval, tendo estado ausente a Amigo Fiel – Associação Protetora dos Animais do Bombarral.
A construção do CRAI, segundo o presidente da Câmara do Cadaval, José Bernardo Nunes, ficou “marcada por diversas vicissitudes”. Foram construídas duas naves, uma para cada município receber os seus animais, e um terceiro pavilhão onde funcionará a parte administrativa, gabinete veterinário, sala de banhos e tosquias, enfermaria, cirurgia e recobro, quarentena e módulos para animais.
Falta agora a terceira fase, um gatil para servir ambos os municípios, mas o local está sujeito a negociações com um vizinho, proprietário de um eucaliptal, para que a distância de segurança de 50 metros possa ser cumprida.
O CRAI foi construído na antiga lixeira intermunicipal, no Vale da Palha (Cadaval), que condiciona a nova edificação, o que foi uma “surpresa” para os autarcas. ■