Recriação histórica, palestra e exposição entre os eventos que assinalaram aquele data marcante
O Cadaval assinalou, a 1 de dezembro, os 650 anos da constituição da vila, comemoração que incluiu uma recriação histórica e uma palestra, além de uma mostra do livro original onde está publicada a Carta de Constituição da Vila, obra que está patente na Biblioteca Municipal até amanhã, dia 17.
A abertura oficial da mostra do Livro 1 da Chancelaria do Rei D. Fernando, no qual consta a Carta de Constituição da Vila original, decorreu na Biblioteca Municipal. O livro tem mais de seis séculos, cedido pela Direção-Geral dos Livros, dos Arquivos e das Bibliotecas e oriundo do Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa).
“Esta é uma data que se deve comemorar, porque o Cadaval torna-se de facto um concelho autónomo e tem um destino individual, não muito vulgar no reino de Portugal”, declarou Manuela Santos Silva durante a palestra. A investigadora notou que, em 1371, o Cadaval deixou de pertencer ao concelho de Óbidos, “tornando-se um concelho autónomo em duas fases: em 10 de julho de 1371, através das freguesias do Peral e Cercal, e a 1 de dezembro de 1371, com as freguesias do Cadaval, Peral, Cercal, Vilar e Figueiros”. “Uma vez independente de Óbidos, é oferecido ao Conde de Barcelos, D. João Afonso Telo”, relembrou a historiadora.
Na ocasião, Fátima Paz, vice-presidente da Câmara, salientou que após o 25 de Abril o Cadaval passou a comemorar, a 13 de janeiro, a restauração do concelho, que ocorreu no ano de 1898”, disse a também vereadora da Cultura. “São duas datas importantes da nossa história que merecem ser revisitadas”, frisou a autarca. ■