Caldas da Rainha poderá vir a acolher um projecto-piloto de recolha selectiva de resíduos dos estabelecimentos comerciais no centro da cidade. A proposta partiu da Valorsul, que pretende aumentar os seus índices de boa recolha selectiva e tem em conta o facto dos resíduos comerciais originarem uma rentabilidade significativa, explicou o presidente da Câmara, Tinta Ferreira.
A autarquia já reuniu com a ACCCRO, que prevê no final desta semana entregar um estudo sobre as quantidades e tipos de lixo produzidos no centro da cidade pelos estabelecimentos comerciais.
Com as obras de regeneração, os contentores que foram colocados não têm capacidade para o lixo produzido, nomeadamente papelão. Paulo Agostinho, da ACCCRO, disse à Gazeta das Caldas que a recolha porta a porta é uma das possibilidades previstas, mas que ainda terão de ver qual a me2828lhor solução tendo em conta o tipo e a quantidade de resíduos produzidos. Este método, que já está implementado em alguns municípios do Norte, prevê que os comerciantes tenham sistemas próprios de separação de resíduos (sobretudo o papelão) que será recolhido em horas pré-estabelecidas.
A Câmara das Caldas dispõe já de uma carrinha oferecida pela então Resioeste (hoje Valorsul) no âmbito de um protocolo, que faz a recolha de papel e papelão e que poderá ser usada nesta recolha porta a porta.
Também a Valorsul, através do seu gabinete de imprensa, confirmou a sua “intenção e interesse em implementar um projeto piloto de recolha porta a porta de embalagens recicláveis no pequeno comércio e serviços”. No entanto, escusa-se a acrescentar pormenores por a respectiva consulta ao mercado ainda estar a decorrer.
Actualmente as Caldas ocupa o sétimo lugar entre os 22 municípios abrangidos pela Valorsul, no que respeita à recolha selectiva. Apesar de estar acima da média, Tinta Ferreira diz que este é um número que pode ainda aumentar com este projecto.
O município está ainda em quarto lugar nos projectos educativos das escolas designado eco-valor.