Caldas ruma a Lisboa e quer ser ouvida pelo primeiro ministro

0
288
- publicidade -

Mobilização marcada para 21 de outubro tem como destino a Assembleia da República e a residência oficial de António Costa

A Câmara está a contratualizar o serviço de 40 autocarros, aos quais irão juntar-se os cedidos por entidades do concelho, como o Arneirense e os Bombeiros, e as carrinhas das IPSS e juntas de freguesia. O objetivo é levar mais de duas mil pessoas até Lisboa, à Assembleia da República e à residência oficial do primeiro ministro, numa ação de protesto pelo anúncio da localização do Hospital do Oeste no Bombarral.
Tendo por lema “Unidos pela saúde”, o grupo deverá partir das Caldas pelas 13h00, para regressar ao final da tarde, pelas 18h00, e integrará as bandas filarmónicas, ranchos, fanfarras e bombos. “Não vamos fazer uma festa mas vamos fazer notar a nossa presença”, garantiu o presidente da Câmara, Vítor Marques, que estima gastar cerca de 16 mil euros na contratação dos autocarros.
“Queremos marcar a nossa posição de uma forma correta, ordeira”, manifestou o autarca, acrescentando que só estão a tomar estas medidas “porque não fomos ouvidos”.
Vítor Marques realça que há unanimidade entre as várias forças políticas do concelho na contestação do anúncio de Manuel Pizarro, de que o novo Hospital do Oeste ficará localizado no Bombarral por considerem que se tratou de uma decisão tomada de “ânimo leve”. “Não é o estudo encomendado pela OesteCIM e o relatório do grupo de trabalho liderado por Ana Jorge que suportam uma decisão desta grandeza”, disse o presidente de Câmara, lembrando os estudos e análises que já entregaram a rebater o seu conteúdo. Vítor Marques reconhece que tem “dificuldades em compreender” como alguns dos seus colegas autarcas “se sentem confortáveis em defender uma posição que não tem bases” e garante estar a “defender os interesses não só das Caldas, mas da região”.
Para além das ações mais visíveis, como a vigília, ação de luto, marcha lenta ou envio de postais ao governo, a autarquia está também a pedir apoio jurídico e estudos, inclusive económicos, sobre o impacto do equipamento nas Caldas e na região. São ferramentas que “nos irão permitir perceber se as decisões que estamos a tomar são de pleno direito, mas também para facultar aos decisores políticos porque, por incrível que pareça, eles não o fizeram e deviam tê-lo feito”, concretizou o autarca. ■

- publicidade -