Caldas tem uma das maiores feiras de antiguidades

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Estiveram presentes 280 vendedores
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Perto de 300 vendedores de antiguidades e de colecionismo participaram no certame, organizado por empresa caldense

Decorreu, no passado fim de semana, mais uma feira que reuniu 280 vendedores das áreas do colecionismo, velharias e das antiguidades. Foi uma das realizações mais concorridas de sempre, com o pavilhão de exposições completamente lotado no que diz respeito aos vendedores mas também ao público que encheu o espaço no sábado à tarde. “Temos mais gente este ano!”, disse José Pereira da Associação de Promotores de Eventos (APE) acrescentando que foi também concedida uma área, na entrada, para as artes criativas.
“Já temos mais de 20 entidades em lista de espera”, disse o responsável, explicando ainda que “isto é um negócio de tostões que pode gerar milhões”.
Um módulo de espaço pode custar 70 euros mas quem arrendar mais, começa a usufruir de descontos. “Esta é a feira que fazemos que tem um maior custo que se prende com o aluguer do espaço”, contou o responsável pela APE, empresa caldense que organiza feiras em Guimarães, Gondomar, Elvas, Cartaxo, entre tantas outras terras. “Levamos este conceito de negócio para todo o país”, contou explicando que dão prioridade aos vendedores que vieram anteriormente às respetivas feiras. “Temos muito orgulho pois vivemos um dos melhores sábados de sempre”, contou José Pereira. Tal facto deve-se a um grande investimento em publicidade e que acabou por atrair muita gente de fora da região ao certame. Ao todo “gastámos mais de 20 mil euros para poder realizar esta feira”, disse. Foi ainda feito uma campanha publicitária nas caixas multibanco de Sintra, Cascais e Lisboa. “Mais de metade das pessoas que estão aqui eu não as conheço e é ótimo! Gostamos disto e ajudamos também quem precisa de vender, não aumentando os valores dos módulos”, rematou o responsável.

O belga Charles de Rop dedica-se a este negócio há mais de 50 anos. Vive em Esposende e continua no negócio em terra lusas há 30. Vende enormes jarras de porcelana, cadeiras em talha dourada “e é tudo material importado”. Tem 69 anos, está reformado e já tinha vendido várias peças no certame caldense. Como ainda tem stock antigo, orgulha-se de vender produtos de qualidade, pintados à mão. Já Maria Helena Pereira tem uma loja na Pontinha, a Artes e Tralhas, onde vende antiguidades e velharias.
“O espaço é muito agradável e os clientes vêm de uns anos para os outros”, referiu a vendedora que trouxe bijuteria antiga, pratas, louça, tabuleiros, pisa papéis, caixas em cristal e serviços da Vista Alegre. “Venho todos os anos e começamos a expor à quinta-feira, altura em que se vende muita coisa entre colegas”, referiu a comerciante.
Paulo Seixas vem de Bragança participar neste certame nas Caldas. “Venho há pelo menos oito anos”, contou o vendedor que se dedica à comercialização de peças de arte sacra, tecidos antigos e ainda tinha um teto em madeira que estava colocado num salão de uma quinta em Baião. “Apesar da distância, vale a pena vir, trazendo maior quantidade de mercadoria”, referiu este vendedor que já tinha conseguido vender aquele antigo teto de madeira, pintado à mão.
Sandra Raposo dedica-se a este setor há 35 anos e vem às Caldas desde que se realiza esta Feira de Antiguidades e Velharias. Na sua opinião esta “é a maior e mais bem organizada feira do país”, afirmou a vendedora que participa em certames em todo o território nacional. “É o evento que gera mais expectativas no público e também nos vendedores”, acrescentou.
Trouxe móveis, loiças, quadros e uma parte dedicada ao jardim. Sandra Raposo compra os recheios de casas e traz às Caldas “as melhores peças”.
Este certame “ajuda ainda a desenvolver a restauração e a hotelaria pois vem gente de Norte a Sul para comprar e para vender”, rematou a comerciante que já tinha ido ao armazém para repôr as peças que tinha vendido. ■

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