Grandes eventos de surf geram cerca de 80 milhões

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A apresentação do estudo juntou representantes do Oeste, da WLS e do Turismo, incluindo o secretário de Estado
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WSL e OesteCim estudaram impactos das provas dos circuitos mundiais em Peniche e na Nazaré

Os dois grandes eventos de surf realizados em Peniche e na Nazaré geram um impacto direto e indireto próximo dos 80 milhões de euros, aponta o estudo de impacto socioeconómico apresentado na passada terça-feira na sede da OesteCIM, numa cerimónia que contou, entre outros, com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado. Só em termos de impactos diretos, as provas do circuito mundial de surf em Peniche e a prova de ondas gigantes na Nazaré criaram este ano um retorno de 23 milhões de euros, a partir de um investimento inicial de 4,3 milhões.
Segundo do estudo encomendado pela World Surf League (WSL) e a OesteCIM, o Meo Rip Curl Pro Portugal presented by Corona, de Peniche, movimentou 20 milhões de euros nos 10 dias de prova, enquanto o Tudor Nazaré Big Wave Challenge gerou um impacto de 3 milhões. “São números só de quando a prova está “on”, mas as pessoas que vêm de fora acabam por ficar mais dias”, assinalou Francisco Spínola, representante da WSL em Portugal.
Daquele valor total, 13 milhões de euros correspondem a consumo de mercadorias e serviços durante a estadia de residentes e turistas, no caso da prova de Peniche, e de 1,6 milhões na da Nazaré. Só o alojamento e alimentação representam, respetivamente, cerca de 7 milhões e de 1,1 milhões de euros.
O estudo adianta que as provas significam um investimento direto de 4,3 milhões de euros da organização (3,5 milhões de euros para a prova de Peniche e 800 mil euros para a da Nazaré), dos quais boa parte são injetados na economia. Esses valores dizem respeito a prémios, que vão para os surfistas, mas também contemplam todas as despesas de organização, incluindo alojamento e transportes para todos os participantes e elementos de apoio aos eventos.
O estudo aponta que são ainda induzidos efeitos secundários no turismo e em diversas interdependências deste setor mais 4 milhões de euros, dos quais 3,4 milhões na prova de Peniche e 620 mil euros na da Nazaré.
A estimativa da receita fiscal ascende a 6 milhões de euros na prova de Supertubos e 900 mil euros na da Praia Norte. Destes, 705 mil euros são receita fiscal gerada apenas pelo investimento na organização das provas.
Estes números são alcançados com uma audiência média de 120 mil pessoas na etapa da WSL de Peniche e 25 mil na da Nazaré. Desde 2009, quando o circuito mundial de surf regressou a Peniche, estima-se que o evento tenha atraído cerca de 1,4 milhões de espectadores. Já a prova da Nazaré, que é mais recente, leva um acumulado próximo dos 150 mil espectadores.
O estudo traça igualmente o perfil desta audiência, que se situa entre os 18 e os 44 anos e se trata de um público altamente informado, 94% dos inquiridos possuem formação académica.
Em Peniche, 36,5% dos visitantes são estrangeiros, com o Brasil destacado como maior país emissor, seguido de Alemanha, Espanha, França e Reino Unido. Já a prova da Nazaré atrai um público maioritariamente estrangeiro, na ordem dos 69,5%. O Brasil continua a ser o principal mercado, seguido de Estados Unidos da América, Espanha, França, Polónia e Países Baixos.
Francisco Spínola e Pedro Machado confirmaram que Peniche vai permanecer no Circuito Mundial pelo menos até 2028. ■

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