Calor obriga a cancelar cirurgias no Hospital

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As cirurgias programadas de várias especialidades não se realizaram nas Caldas por causa do aumento da temperatura

As intervenções programadas no Bloco Operatório das Caldas foram canceladas devido ao calor. Será adquirido novo sistema de ar condicionado

 

Por causa do calor que se fez sentir a semana passada, a temperatura nas salas do Bloco Operatório do Hospital das Caldas, unidade que pertence ao Centro Hospitalar do Oeste (CHO), era alta (acima dos 27º centígrados quando o recomendado são 22º). Durante os dias 11 e 15 de julho, houve necessidade de cancelar várias cirurgias programadas, de várias especialidades. A temperatura registada gerou desconforto na equipa de trabalho, pois até pode ser um problema para pacientes que tenham, por exemplo, feridas relacionadas com o pós-operatório.
Segundo o Conselho de Administração (CA) do CHO, no bloco operatório houve “uma redução temporária e parcial da atividade desenvolvida nas suas 4 salas, em virtude do aumento de temperatura do ar, acautelando a boa prática na prestação de cuidados médicos, quer para os profissionais, como para os utentes”.
A atividade não realizada nas datas previstas “será reagendada com brevidade, por forma que os utentes tenham acesso aos cuidados de saúde de que necessitam, em tempo útil”, respondeu o CA, sem precisar à Gazeta das Caldas quantas cirurgias em concreto foram canceladas.
A suspensão “não se aplicou às cirurgias de urgência e às cirurgias da área oncológica, restringindo-se somente à atividade programada”.
Há ainda um problema com o ar condicionado. Segundo o CA não há avaria, mas sim “uma redução da capacidade operativa e da eficácia, face às condições meteorológicas extremas e devido à elevada idade dos equipamentos”. E como não está assegurado o conforto dos profissionais e dos utentes, aprovou-se a substituição do sistema de ar condicionado das quatro salas do bloco no inicio do mês de junho.
O processo de substituição do ar condicionado está a decorrer, mas implica concurso público, o que tem prazos longos, pelo que logo a solução “não é imediata”.
Por isso o CHO “está a trabalhar em soluções transitórias que permitam, no imediato, arrefecer as salas de bloco operatório, mas cumprindo as normas de segurança, por forma a permitir reativar a sua operacionalização plena”.
O Conselho de Administração garantiu que as temperaturas registadas nas salas do Bloco Operatório “nunca atingiram os valores máximos regulamentados nas especificações técnicas emanadas pela autoridade competente”. Apesar do desconforto, “não esteve em causa a segurança”. O novo sistema de ar condicionado que vai dotar as salas “de uma climatização mais moderna e eficiente” terá um custo de 400.000€, ao qual acresce ainda o IVA. ■