Um edifício moderno, com 2.140 metros quadrados de área coberta, será a casa de 30 idosos e de 33 crianças, que ali passarão os dias. É também na sua cozinha e lavandaria que é preparada a comida e roupas do serviço de apoio domiciliário prestado a 42 idosos.
O Fonte Santa – Centro Social da Serra do Bouro, custou cerca de 1,4 milhões de euros e foi inaugurado a 14 de Maio, inserido nas Festas da Cidade.

José Ezequiel, presidente da direcção do Fonte Santa – Centro Social da Serra do Bouro, era uma pessoa emocionada na tarde de sábado. Sob um sol escaldante e uma multidão que quis ver o novo equipamento social da terra, lembrou os muitos anos “embrulhados em papéis e bonecos” até chegarem à concretização do projecto.
Orçada em 1,4 milhões de euros, a obra contou com a participação do Estado (através do programa PARES) em cerca 648 mil euros, da Câmara em 240 mil euros e o investimento da instituição, superior a meio milhão de euros. José Ezequiel agradeceu a todos quantos ajudaram, especialmente aos emigrantes da Serra do Bouro residentes nos EUA, que deram um apoio substancial. Entre eles, destacou-se Joaquim Casimiro que “soube liderar um grupo de pessoas originárias da Serra do Bouro que contribuiu com muito dinheiro”.
Como forma de o homenagear, a instituição deu o nome de Isabel (nome da filha de Francisco Casimiro) ao jardim, que também foi pago pelo benemérito.
O responsável destacou ainda as parcerias feitas com o Museu da Cerâmica e a ESAD, que fez o logótipo da instituição. “Queremos a interacção entre as várias instituições do concelho porque são estas sinergias que nos levam para a frente”, realçou.
Segundo José Ezequiel, no dia da inauguração acabou uma fase do sonho pois falta ainda cerca de 80%, que é a qualidade do trabalho feito com os utentes. “Vamos “vender” o produto mais difícil que há, que são carinhos e afectos”, disse, confiante que o irão conseguir.
Fernando Gonçalves, director do Centro Distrital de Segurança Social de Leiria, falou daquela obra “arrojada” como uma das mais bonitas que tem visto no país.
Garantiu que a Segurança Social irá continuar a apoiar a instituição, agora com um montante mensal superior. Passam de seis mil euros por mês para 28 mil euros, de comparticipação. “Tendo em conta a dimensão da instituição e os custos deste serviços, esta contribuição da Segurança Social será apenas uma parte daquilo que é necessário”, disse, apelando a todos os cidadãos para que continuem a auxiliar esta entidade.
Em jeito de balanço, o presidente da Câmara, Fernando Costa, lembrou que as grandes obras nesta freguesias já vêm de há uns largos anos. A primeira foi o abastecimento de água ao domicilio, lançada há 28 anos, pelo então presidente da Câmara, Paiva e Sousa.
O autarca orgulha-se também do saneamento básico, que atinge 95% daquela freguesia. A sua grande preocupação é saber se no futuro conseguirão “continuar este nível de desenvolvimento e, sobretudo, sustentá-lo”, disse, destacando que é muito mais difícil manter as obras do que fazê-las.
Fernando Costa lembrou ainda que no concelho fizeram cinco obras similares nos últimos três anos, tendo a Câmara contribuído com cerca de 250 mil euros para cada um.
O governador civil de Leiria, Paiva de Carvalho, que é também médico, professor e responsável por uma IPSS no norte do distrito, reconheceu o que custa colocar uma obra daquela dimensão de pé. Partilhou da opinião, que mais importante que construir, é sustentar o equipamento.
Paiva de Carvalho defendeu que estas obras devem ser planeadas e reconheceu que, “talvez um dos problemas nestes últimos 30 anos foi o planeamento incorrecto que tivemos na acção da coisa pública”.
Foi um bonito e emotivo momento. É bom saber que ainda existem pessoas que se esforçam pelo bem da sua comunidade e que trabalham arduamente para melhorar a qualidade de vida de outros.
Neste caso melhoram a qualidade de vida dos idosos e consequentemente das suas familias. Facilitam a vida das crianças e dos seus pais e ainda, não menos importante criaram postos de trabalho.
É de louvar que pessoas comuns, que têm os seus empregos diários, que têm esposas/ maridos e filhos, abdiquem dos seus tempos livres para fazer uma coisa que não lhes vai trazar mais nada senão satisfação pessoal.
Muitos parabéns a todos os envolvidos neste bonito projecto!