Durante o ano de 2017 (até 10 de Dezembro) foram realizados no Hospital das Caldas 1.135 partos, dos quais 305 foram cesarianas, o que equivale à percentagem de 26,9%. Segundo o Centro Hospitalar do Oeste (CHO), este valor é considerado “um número muito aceitável, ou mesmo bom, no panorama da média nacional”.
Isto porque os hospitais com taxas de cesariana superiores a 29,5% ou 31,5% (consoante o grau de diferenciação desses hospitais) não vão receber do Estado o pagamento pelos respectivos episódios de internamento, no âmbito do programa para a redução destas cirurgias.
Segundo a Agência Lusa, a Comissão Nacional para a Redução da Taxa de Cesarianas (CNRTC) propôs a definição de metas para a taxa de cesarianas nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde que tivessem repercussão no financiamento hospitalar.
O CHO, em relação ao hospital das Caldas, tinha como objectivo para este ano ficar abaixo dos 30 a percentagem de cesarianas, valor que, segundo fonte oficial do centro hospitalar,
“foi completamente atingido”.
O centro hospitalar deu a conhecer que a percentagem de cesarianas tem sido decrescente, tendo variado entre meados de Novembro e 10 de Dezembro, entre os 20% e os 15,79%, respectivamente.
“O Serviço de Obstetrícia das Caldas está no bom caminho no que diz respeito a estes parâmetros”, disse a mesma fonte, acrescentando que os médicos obstetras
“estão sensibilizados” para a diminuição do número de cesarianas, sem com isso colocar em causa a saúde da mãe e filho. Para se obterem indicadores ainda mais ambiciosos é preciso uma
“estabilização do quadro de recursos humanos do Serviço de Obstetrícia”, o que não tem vindo a acontecer porque o CHO não consegue atrair especialistas desta área para as Caldas da Rainha. Parte dos serviços de Obstetrícia são assegurados através de empresas de trabalho temporário que fornecem trabalho à hora.
Em 2016, uma médica que fazia turnos no hospital caldense acabou por bater com a porta porque a administração deixou de lhe pagar por esta não entregar atempadamente documentos administrativos em falta.