Os resultados dos testes para confirmar se já há recuperações no centro de apoio aos idosos dr. Ernesto Moreira devem começar a chegar hoje. Funcionário infectado recuperou e voltou ao trabalho
A situação no Montepio Rainha D. Leonor, que foi notícia devido ao surto no centro de apoio aos idosos Dr. Ernesto Moreira, está actualmente “numa fase estacionária, sem mais problemas ou internamentos”, revelou à Gazeta das Caldas o presidente do Conselho de Administração, João Marques Pereira.
“Está tudo estabilizado, dentro do possível”, assegurou, acrescentando que os infectados estão assintomáticos.
Actualmente continuam a haver 25 utentes e três funcionários infectados, porque um dos funcionários já recuperou, mas outro, que estava em casa há dez dias, testou positivo. Pensa-se que este terá sido infectado fora da instituição e, como estava em casa, esta infecção não teve consequências no seio do lar.
O primeiro funcionário a testar positivo já recuperou entretanto da covid-19 e até já regressou ao trabalho.
Este funcionário havia testado positivo a 26 de Junho. Seguiu-se uma bateria de testes na instituição, onde foram detectados mais sete casos.
Posteriormente mais três utentes acusaram positivo e apareceram sintomas noutros utentes e em funcionários que tinham tido resultado negativo na primeira bateria de testes. Foi então necessária a realização de uma nova ronda de testes, onde foram detectados mais dezassete casos positivos (quinze dos quais de utentes e os restantes dois de funcionários).
Para quinta-feira, 16 de Julho, já após a data do fecho desta edição, estava prevista a realização de mais testes, mas estes, de despistagem. O objectivo agora é confirmar se, entretanto, já existem novas recuperações entre os casos positivos.
“Os resultados dos testes devem chegar na sexta-feira e no sábado e seria muito bom que trouxesse uma série de resultados negativos”, desejou João Marques Pereira.
O centro de apoios aos idosos Dr. Ernesto Moreira permanece actualmente em funcionamento, mas não são permitidas visitas. Este lar, que foi inaugurado em Maio de 1995, acolhe actualmente 59 idosos e emprega meia centena pessoas.
Para evitar a propagação do contágio, foi adoptada uma medida que passava pela divisão dos utentes em três espaços diferenciados dentro do lar.
Os utentes que apresentaram resultados positivos nos testes à covid-19 foram isolados numa zona, os utentes que tiveram teste negativo, mas que tiveram contacto com alguns dos casos positivos, noutra. Já os utentes que registaram um teste negativo e que não tiveram contacto com ninguém positivo ficaram numa outra zona.