
No último ano a criminalidade nas Caldas aumentou ligeiramente, passando, segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), dos 2,78% em 2017 para os 2,82% em relação ao número de habitantes. Ainda assim, os crimes que geram o sentimento de insegurança diminuíram. Caldas está acima da média do Oeste, mas longe dos concelhos com taxas de criminalidade mais altas, que são a Nazaré e Peniche.
Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt
Em 2018 a criminalidade geral no concelho das Caldas aumentou ligeiramente. De acordo com dados disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), a taxa de criminalidade é agora de 2,82% enquanto no ano anterior era de 2,78%, correspondendo a um aumento de 1,5%.
No entanto, a informação disponibilizada também permite perceber que os crimes geradores do sentimento de insegurança entre a população diminuíram cerca de 12,5%. Esses são os crimes contra a integridade física, como o furto e roubo por esticão na via pública e os furtos de veículo e em veículo motorizado.
Para o aumento da taxa de criminalidade contribuem as subidas dos crimes contra o património e dos crimes rodoviários, nomeadamente, os casos de condução de veículo com álcool acima de 1,2 g/l e de condução sem carta.
Caldas está ligeiramente acima da média do Oeste, que regista uma taxa de 2,71% da população. Na região a taxa de criminalidade mais alta regista-se na Nazaré, onde atinge os 3,78%. Nesse concelho houve, ainda assim, uma descida dos 3,86% de 2017, reduzindo drasticamente os crimes contra a integridade física.
Os dados do INE permitem ainda perceber a evolução desta taxa nos últimos cinco anos. Nas Caldas a tendência era de diminuição, desde 2016. Dos 3,28% de 2014 e 2015 a taxa desceu para os 2,98% em 2016 e os 2,78% em 2017.
Depois da Nazaré, é em Peniche que se registam mais crimes. Em 2018 houve um pequeno aumento, dos 3,50 para os 3,52%, aumentando os crimes contra a integridade física, mas reduzindo os furtos de veículos. Tanto em Peniche, como na Nazaré registam-se taxas acima da média nacional.
Em Óbidos registou-se uma descida da taxa de criminalidade, para a qual muito contribuíram as diminuições dos furtos de veículos e os crimes contra o património.
Alcobaça e Cadaval também registaram menos crimes em 2018 do que em 2017, tal como o Bombarral, que com a diminuição passou a ser o concelho do Oeste onde esta taxa é mais baixa (2,15%). Em 2017 essa posição era ocupada por Alenquer, que aumentou dos 2,13 para os 2,31%.
A nível nacional houve uma descida da taxa de criminalidade no último ano. O Oeste aparece em contraciclo, com uma ligeira subida desta taxa, dos 2,67 para os 2,71%. Nos 12 concelhos oestinos registaram-se mais furtos e roubos por esticão e na via pública e mais crimes contra o património. Nas categorias de furtos de veículos e dos crimes por condução sem habilitação legal os números desceram.