Ordem do Trevo, que celebra 12 anos, apoia famílias desfavorecidas e prepara mudança da sede
A Ordem do Trevo, em parceria com a autarquia das Caldas, a Associação Empresarial das Caldas da Rainha e Oeste (ACCCRO) e vários outros parceiros público-privados estão a dinamizar a décima edição do “Desembrulhar Sorrisos”.
Segundo José Viegas, esta iniciativa já é “uma marca registada da associação” e vai chegar às 70 famílias que habitualmente apoiam, o que totaliza mais de 350 pessoas. Nestes núcleos há 132 crianças, 98 das quais com menos de 12 anos.
Este é um projeto solidário de angariação de brinquedos para entrega a crianças desfavorecidas do concelho caldense, que são deixados em caixas nas lojas que fazem parte da ACCCRO.
“Pedimos sempre brinquedos novos ou em muito bom estado”, disse o responsável da associação. Este ano os brinquedos serão entregues num evento que decorrerá a 19 de dezembro, a partir das 15h30, na Expoeste. De acordo com a organização, haverá a celebração, apesar da Ordem do Trevo ter outra tarefa em mãos: irá mudar-se da Expoeste para o Bairro da Ponte, nas traseiras do novo McDonald’s. “Não deixaremos de entregar os brinquedos às crianças e os cabazes às famílias. Faremos também o habitual lanche”, referiu José Viegas. Com esta iniciativa pretende-se um natal “mais risonho” para as famílias carenciadas.
No dia 19 de dezembro voltará a participação do comboio de Natal, que circulará, durante a tarde, entre a Praça 25 de Abril (junto aos Paços do Concelho) e a Expoeste para trazer as crianças para o convívio natalício.
“Temos que ajudar quem precisa”, disse o dirigente, acrescentando que a associação “apoia as famílias durante todo o ano”.
Para o presidente da Câmara, Vítor Marques, a associação Ordem do Trevo “tem vindo a desenvolver um trabalho muito meritório junto de um número de famílias já bastante significativo”. O edil caldense referiu ainda o grande trabalho da Ordem do Trevo em estabelecer várias parcerias nesta época festiva e que permitem “dar um mimo” a quem necessita de apoio. Antes vinham muitos pedidos de estrangeiros “agora chegam também de famílias portuguesas”.
José Viegas contou também que há algumas famílias que já pedem para sair do programa da Ordem do Trevo pois já encontraram emprego e prescindem da ajuda, algo que é muito importante de modo a poder integrar novas famílias. “Temos cada vez mais pedidos”, disse o responsável. Além das 70 famílias inscritas, há mais algumas, que podem facilmente chegar à dezena, que vêm pedir alimentos.
“Não deixamos de dar os chamados cabazes de emergência”, referiu José Viegas contando que associação acaba sempre por ter que distribuir mais alimentos.
Em relação às prendas das crianças acontece o mesmo pois há pedidos de famílias carenciadas, não inscritas, que perguntam se os seus filhos também poderão ir à festa e ter direito aos brinquedos. “Não posso dizer que não…”, disse José Viegas, que conta com o apoio de todos para angariar muitos brinquedos que podem ser entregues nos mais variados postos de recolha, patentes em lojas, escolas e entidades públicas como a ACCCRO.
A Ordem do Trevo irá também pedir novas parcerias para poder rechear a nova sede que vai precisar também de ser equipada.
Os voluntários da Ordem do Trevo são 22, que se dividem entre as várias tarefas de ir buscar alimentos, de fazer os cabazes e de transportar também os brinquedos. “Procuramos jovens para vir para a associação e já lancei o desafio à Escola Secundária Raul Proença”, disse José Viegas que gostaria de rejuvenescer os voluntários que são bem-vindos e que possam trazer “novas ideias”. ■