José Luiz de Almeida Silva
Na passada semana o Oeste reuniu-se sob o signo do seu “Congresso Empresarial”, agregando um conjunto de intervenções de responsáveis regionais e especialistas nacionais, que abordaram temas-chave para região como da sustentabilidade ambiental, social e de governação, bem como da necessária criação de valor à luz dos novos desafios propostos pela Inteligência Artificial.
Esta iniciativa que interrompe um ciclo de ausência de reuniões deste género no Oeste, veio mostrar a pertinência destes encontros, para pensar a região em termos de futuro e para lançar novas bases do desenvolvimento regional, mas que mostrou as desvantagens da ausência de grupos de “think tanks” ou laboratórios de ideias e de reflexão instalados.
A região Oeste tem mais de 360 mil habitantes, mas a sua proximidade com a capital do país, tem a desvantagem de não lhe criar a necessidade de se constituir como polo de desenvolvimento autónomo, uma vez que está fortemente dependente da centralidade lisboeta, para o bem e para o mal.
Reuniões deste tipo deviam criar formas de acumular massa crítica regional para captar e ampliar novos investimentos de maior intensidade tecnológica, mas não esquecendo outra realidade forte no Oeste, do que se pode chamar a inteligência artesanal, ligada à produção de bens tradicionais, com valor cada vez maior na economia nacional e europeia.
Neste domínio, Gazeta das Caldas numa parceria local com os dragões do Oeste e com o município, vai trazer à nossa cidade no dia 6 de dezembro, também um contributo com a realização de um debate sobre um novo tema pertinente e atual da quântica e das novas tecnologias que lhe estão associadas, para o desenvolvimento das nanotecnologias e os sistemas energéticos sustentáveis. Esperemos que tudo isto faça caminho… ■