
Nos 12 municípios da OesteCIM não há uma única mulher presidente de Câmara Municipal. E, à volta, só em Rio Maior e Marinha Grande encontramos mulheres a presidir aos destinos de concelhos.
O Oeste político é um mundo essencialmente de homens. Não só não há mulheres presidentes, como só se contam três mulheres vice-presidentes de câmara (Cadaval, Torres Vedras e Arruda dos Vinhos). Não há dúvida que a cúpula dos executivos municipais é quase cem por cento masculino.
Mas mesmo ao nível da vereação os homens estão sempre em maioria nos executivos camarários. Em Estatística há uma medida chamada moda que indica a quantidade de vezes que uma variável se repete. Neste caso, analisando os pares de colunas do quadro ao lado, a moda é o 5 – 2. Cinco homens e duas mulheres no executivo repete-se em oito dos 12 municípios do Oeste.
O concelho com maior desigualdade de género na Câmara Municipal é a Nazaré, com seis homens e uma mulher, seguido do Sobral de Monte Agraço com quatro homens e uma mulher.
O mais igualitário é claramente Torres Vedras com cinco homens e quatro mulheres no executivo camarário. Segue-se Arruda dos Vinhos com uma paridade de 4 – 3, na qual há uma mulher como vice-presidente.
Contas feitas, as mulheres representam 42% dos membros dos executivos camarários do Oeste, constituindo zero por cento dos presidentes de câmara e 25% dos vice-presidentes.
Mas significa isto que a região é particularmente aversa à igualdade do género nos cargos públicos? Nada disso. Veja-se o governo: 13 homens e cinco mulheres. Elas só são 27% dos ministros. E ao nível dos secretários de Estado a situação melhora pouco: dos 44 só 36% são mulheres.
Afinal, com os seus 42% de mulheres nas câmaras municipais, os municípios do Oeste até superam o governo na igualdade do género. C.C.