Ministros da Administração Interna e da Defesa escolheram o Oeste para conhecerem forças operacionais
A Serra do Montejunto foi escolhida pelo Governo para contactar com o dispositivo preparado para a vigilância e deteção de fogos rurais, assim como a vertente de investigação das causas de incêndios. Os ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, e da Defesa, Helena Carreiras, acompanhados pelo presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANPC), general Duarte da Costa, comandante-geral da GNR, tenente-general Santos Correia, bem como representantes das Forças Armadas e presidente da Câmara do Cadaval, José Bernardo Nunes, agradeceram e reconheceram o trabalho de cooperação das diversas entidades públicas no apoio à prevenção e combate aos incêndios. Junto ao Centro de Interpretação Ambiental da Paisagem Protegida do Montejunto estiveram em exposição alguns dos meios que estão à disposição das diversas forças que participam no dispositivo nacional, no âmbito da Diretiva Integrada de Vigilância e Deteção de Incêndios Rurais.
A Escola de Sargentos do Exército é uma das entidades envolvidas no apoio à ANEPC, participando na operação de vigilância desde 19 de julho com uma viatura todo-o-terreno e uma tripulação de dois militares. A equipa sai diariamente do quartel das Caldas da Rainha às 6h00 e até às 15h00 passa por oito pontos da serra do Montejunto, onde é possível ter uma panorâmica de toda a região. Esta missão já permitiu a deteção de cinco incêndios em fase inicial e que foram extintos pelos bombeiros nos concelhos de Óbidos (Olho Marinho), Cadaval (Figueiros e Cercal), Torres Vedras (Ramalhal) e Caldas da Rainha (Landal). Até ao passado dia 17 tinham sido realizadas 29 patrulhas e percorridos 5.958 quilómetros.
Dias antes foi detido pela Polícia Judiciária um homem, de 31 anos, suspeito da autoria de vários fogos na serra do Montejunto, nos concelhos do Cadaval e Alenquer, numa investigação que foi elogiada por José Luís Carneiro aos jornalistas.
O suspeito, ligado ao setor da construção civil e que ficou em prisão preventiva, usava artefactos preparados para retardarem a ignição e terá ateado diversos incêndios. O governante alertou ainda que cerca de dois terços dos incêndios deste ano têm como causa a negligência no uso de fogo. Do programa fez ainda parte uma visita ao posto de vigia de incêndios do Montejunto e uma ação de sensibilização na aldeia de Pragança.