“É urgente um consenso para a construção do Hospital do Oeste”

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Mariana Mortágua ladeada por militantes e simpatizantes do BE do distrito de Leiria

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) participou na sardinhada junto à Lagoa e defendeu a construção do novo equipamento, de gestão pública

“A construção de novos hospitais e a sua gestão pública será uma prioridade para o BE, nomeadamente o do Oeste”. Palavras da coordenadora do Bloco, Mariana Mortágua, que participou, no domingo, 22 de julho, na sardinhada que decorreu no parque de merendas do Nadadouro e que marcou, uma vez mais, o recomeço da atividade política depois do verão.
De acordo com a também deputada na Assembleia da República, a saúde “há muito tempo que é uma prioridade do Bloco”, contestando a degradação do SNS e a posição do governo de “privatização, na entrega de serviços a privados”.
Sobre a construção de um novo hospital no Oeste, Mariana Mortágua defende que “é urgente” haver um consenso, pois é preciso um equipamento novo, central, que concentre valências especializadas e consiga dar resposta a esta região. “Este hospital novo tem de ser construído agora e temo que, com o aproximar das eleições autárquicas, haja uma tentação, por parte dos partidos, de começarem a discutir diferentes localizações para o hospital e que isso dificulte o processo”, disse, pedindo consenso para que a obra possa ser uma realidade.
A coordenadora do BE não tem uma opinião formada relativamente à localização, mas Ricardo Vicente, dirigente distrital do partido, avança que deve ser mantida aquela que foi avançada pelo anterior governo, no Bombarral. “Mais do que continuar a procurar outras possíveis localizações, estando o Bombarral na localização central, precisamos de orçamento para construir esse hospital”, defendeu.
O também dirigente distrital do BE, e candidato às últimas autárquicas nas Caldas, Carlos Ubaldo, mostrou a sua preocupação com o facto de começar a “haver divisões muito acentuadas das forças políticas relativamente à construção de um ou mais hospitais”, o que poderá indiciar, uma vez mais, um adiamento na sua concretização. Realçou que há cerca de 20 hospitais anunciados para construir pelo país e que o Oeste, “certamente que não terá privilégios em relação a outras regiões”, apelando, também à necessidade de consensos.
Carlos Ubaldo defendeu ainda que, enquanto não houver o novo equipamento, as atuais unidades têm de ser requalificadas.

Chamar a atenção para a Lagoa
Com a iniciativa, que decorreu junto à margem da Lagoa, o BE pretendeu também reforçar a importância ambiental daquele sistema lagunar, suporte de diversas atividades sociais e económicas. Mariana Mortágua falou da “exploração do turismo sem regras, nos empreendimentos” e do problema do assoreamento da lagoa. Defendeu uma gestão florestal diferenciada, tendo em conta os eucaliptos existentes no redor do espelho de água, assim como a criação de uma empresa de dragagens própria, das autarquias e das autoridades com competência na Lagoa, que permita uma dragagem permanente, com “uma poupança substancial de fundos”.
A sardinhada é também um momento de convívio entre militantes e simpatizantes do BE e uma preparação para as eleições autárquicas que se avizinham. “Constituir listas é um caminho que demora, é preciso cativar as pessoas”, referiu Carlos Ubaldo, reconhecendo que é difícil encontrar pessoas disponíveis para se candidatarem a todas as freguesias do concelho. O BE quer tentar concorrer às freguesias com mais população, as urbanas principalmente, e conseguir uma representação em assembleia, concretizou o dirigente. ■