Ema Vieira Monteiro faleceu no dia 24 de Maio, vítima de um AVC. Tinha 93 anos e era natural da Comenda (concelho de Gavião). Veio para Alfeizerão com 23 anos para ajudar os primos, Adília Vieira e o irmão, o padre João Matos Vieira na já existente Casa do Pão de Ló.
Cedo se integrou neste comércio e com a sua dinâmica foi convidada a tomar conta do Pão de Ló, casa que viria a ampliar e a consolidar como referência de casa de chá e na parte da doçaria.
A sua adaptação a Alfeizerão e suas gentes foi muito fácil.
Entretanto, como precisava de mais empregadas, convidou várias jovens da sua terra para virem para aqui trabalhar e muitas delas ficaram e constituíram família.
Em 1989 a casa foi vendida, com o acordo da sua família, da qual faziam parte seus primos, Alice Vieira Pereira e o médico João Vieira Pereira, que exerceu nesta vila e depois nas Caldas da Rainha.
Ema Monteiro não deixou de fazer na sua casa as trouxas de ovos para o Pão de Ló e para dividir pelas pessoas amigas. Era uma pessoa activa e integrada na comunidade paroquial. Passou grande parte da sua vida a praticar o bem e a ajudar quem mais necessitava. Estava sempre atenta a essas situações. Toda a gente a respeitava.
Gostava de comunicar com as pessoas de qualquer classe social. Teve um papel importante na construção do Centro Social Paroquial, inaugurado em Julho de 1972.
Esta obra foi feita na década em que o padre Borges esteve ao serviço da paróquia de Alfeizerão.
Na missa celebrada no dia 26, data em que se realizou o funeral de Ema Monteiro, o padre Joaquim Gonçalves salientou, na sua homilía, todas as suas qualidades e o bem que praticou durante os 70 anos que esteve estre nós. Em forma de homenagem a esta figura ímpar e carismática na vila de Alfeizerão, deixamos aqui o repto de que lhe seja atribuída uma rua com o seu nome.