Escola Raul Proença precisa de obras de requalificação

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A Secundária Raul Proença está a aproximar-se dos 40 anos e nunca recebeu obras de fundo. A urgência de uma intervenção é reclamada pela direção do agrupamento e deputados do PSD

A requalificação da Escola Secundária Raul Proença, nas Caldas, tem de ser “muito abrangente, uma vez que o desgaste é generalizado”. As palavras são do diretor do Agrupamento de Escolas Raul Proença, João Silva, dando como exemplo a necessidade de intervenção ao nível de pavimentos, rede de águas, isolamento térmico e acústico, laboratórios, pavilhão, balneários, janelas, campos de jogos exteriores, sanitários e eficiência energética. Para além disso, esta escola precisa também de um auditório.
A pandemia veio evidenciar alguns constrangimentos decorrentes da degradação das instalações deste estabelecimento de ensino caldense que esteve para ser reabilitado na 3ª fase de intervenções da Parque Escolar, mas cujo “processo foi interrompido de forma abrupta”, lembra o diretor.

Estabelecimento de ensino construído em finais da década de 1970 apresenta um desgaste
generalizado

De acordo com João Silva, o agrupamento tem vindo, ao longo da última década, a fazer exposições à Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares para a necessidade de requalificação da escola. Mais recentemente, com o apoio da Câmara das Caldas da Rainha, foi realizado um estudo preliminar e estabeleceram-se contactos com a Secretaria de Estado da Educação por forma a viabilizar a requalificação desta escola secundária que conta, atualmente, com 1160 alunos.

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Pedido entregue na Assembleia
Também os deputados do PSD na Assembleia da República apresentaram, no passado dia 13 de outubro, um projeto de resolução onde recomendam ao governo que promova, “com urgência”, a ampliação e reabilitação da Escola Secundária Raul Proença. Destacam que se trata de um estabelecimento de ensino com “valorada” avaliação pelo Ministério da Educação e “amplo reconhecimento da qualidade do seu projeto educativo e percurso de qualificação dos seus alunos”, que tem vindo a assistir à acentuada e progressiva degradação das condições de habitabilidade, conforto e desadequação funcional do seu edificado.
No documento apresentado expõem que a escola, construída no final da década de 1970, é composta por quatro edifícios modulares, ginásio e espaços exteriores de campos desportivos e zonas de estar. No geral, “há um baixo desempenho físico-construtivo do espaço escolar com desgaste provocado pelo uso, pelo envelhecimento natural, e pelas patologias construtivas no interior das edificações e recinto exterior, bem como nas redes prediais”, referem.
Os deputados do PSD denunciam o desconforto térmico, acústico e lumínico existente, bem como a baixa eficiência energética e, referindo-se aos edifícios dos blocos de salas de aulas, realçam os problemas de impermeabilização e empolamentos das pinturas, desgaste da coloração das fachadas, eflorescências e fissuração nas paredes exteriores, vedantes das janelas ressequidos e estores danificados.
“Nas instalações sanitárias há maus cheiros e por vezes inundações”, enquanto que os “pavimentos estão muito desgastados e têm falhas de reparações parcelares” e existem “escadas e outros acessos não regulamentares”, fazem notar, entre uma série de outras deficiências.

Escola de intervenção prioritária no mapeamento da administração central

Os deputados referem que apesar das “várias solicitações à tutela, tem havido uma total ausência de programas integrados de intervenção, tendo ocorrido apenas intervenções pontuais e minimalistas” por parte do Ministério da Educação e da Direção Regional de Educação e “investimento da liderança do agrupamento em ações de conservação, muitas vezes com os meios da escola e da autarquia”.
Os sociais-democratas lembram a informação do gabinete da Secretária de Estado Adjunta e da Educação, recebida pela Câmara, que refere que a Raul Proença integra “como escola de intervenção prioritária, o mapeamento do Sistema Integrado de Gestão dos Estabelecimentos Escolares, que referencia as necessidades de investimento em novas estruturas educativas, bem como de “intervenções de requalificação e modernização de grande dimensão”, e recomendam a sua requalificação, bem como a cabimentação dos respetivos recursos financeiros.

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