Escutismo em Óbidos assinala cinquentenário

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Cerimónia juntou e homenageou 20 escuteiros fundadores no mesmo local onde realizaram a primeira promessa de escuteiro, há precisamente 50 anos

O passado domingo, 11 de julho, foi um dia importante para o Agrupamento de Escuteiros de Óbidos, que celebrou os 50 anos da fundação, numa cerimónia presidida pelo Cardeal Patricarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, que teve, também ele, um papel importante na criação do grupo.
Foram cerca de 150 as pessoas que tomaram parte das celebrações, numa iniciativa que teve lugar, sob rigorosas medidas de controlo impostas pelo estado pandémico, na Praça de Santa Maria, o mesmo local onde, precisamente 50 anos antes, o agrupamento foi fundado.

José Machado, à esquerda, recebeu um louvor do Corpo Nacional de Escutas pelo envolvimento no movimento escutista

Entre os participantes, estiveram 20 dos fundadores do agrupamento, que renovaram a sua promessa e receberam um diploma alusivo ao cinquentenário da primeira vez que o fizeram.
Para marcar a data, foi lançada uma nova insígnia, com referência à data da fundação e do cinquentenário, que foi gravada num painel de azulejos, da autoria dos utentes da Misericórdia de Óbidos, e também foi apresentado um novo hino alusivo a esta comemoração.
O agrupamento também distribuiu lembranças a várias pessoas e instituições com papel de relevo na fundação e na própria atividade do Agrupamento 753, como o Agrupamento das Caldas da Rainha, os Bombeiros Voluntários e a Câmara Municipal de Óbidos, a União de Freguesias de Santa Maria, São Pedro e Sobral da Lagoa, o Corpo Nacional de Escutas e também o próprio D. Manuel Clemente, natural de Torres Vedras, que há 50 anos era estudante e contribuiu também para a criação deste agrupamento.
O Cardeal Patriarca de Lisboa falou, durante a cerimónia, do papel do escutismo, na Igreja Católica, mas sobretudo na sociedade. “A grande vantagem do escutismo é descobrir a qualidade inultrapassável de cada um”, que em atividade, e em grupo, permite perceber “como essas capacidades se desenvolvem”, disse. Além disso, o escutismo tem como particularidade aprender a viver em grupo, “porque em grupo ou chegamos todos, ou não chega ninguém”, algo que, para D. Manuel Clemente, “mostra toda a sua valia numa sociedade como esta”.
Na cerimónia, estiveram presentes e congratularam o agrupamento e os escuteiros de Óbidos o chefe de Núcleo adjunto, Rui Colaço, o Chefe Regional, João Esteves, e o chefe nacional do Corpo Nacional de Escutas, Ivo Faria. Este último entregou um louvor a José Machado, um dos fundadores do escutismo em Óbidos, que o distingue como um “pedaço de história viva” do escutismo e “o grande impulsionador para que este dia 11 de julho fosse recordado de forma tão grandiosa”. ■