ESE vai melhorar coleção visitável para inaugurar no próximo ano

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Uma das condecorações, entregue pelo juiz militar do Tribunal da Relação de Lisboa, José Feliciano, que é caldense
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Documentos e objetos antigos do RI5, assim como a história da ESE, fazem parte da coleção

“Lançámos uma diretiva com as orientações gerais para organizar e calendarizar os trabalhos de requalificação e melhoramento da sala de honra da ESE e a requalificação e melhoramento da coleção visitável”, revelou o comandante da ESE, Nuno Morais dos Santos, nas comemorações do 44º aniversário da escola. “A nossa intenção é garantir uma exposição dos nossos artigos museológicos”, pelo que irão dignificar a sala de museu e melhorar a coleção visitável que “será mais um motivo de orgulho”, afirmou, revelando que pretendem inaugurar o espaço no próximo ano.

Em jeito de balanço salientou que desde 1 de junho de 2024, foram formados na ESE 240 sargentos do quadro permanente e 184 sargentos em regime de voluntariado, em regime de contrato e em regime de contrato especial. “Foi um ano exigente onde continuámos a capacitar e adequar os recursos no sentido de responder às necessidades reais operacionais e de formação”.

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Nuno Morais dos Santos realçou a cooperação no domínio da defesa, que levou a ESE a apoiar a organização e funcionamento da escola inter-armas de sargentos do exército angolano e ministrar o primeiro curso de promoção a sargento-chefe da República de Cabo Verde e o curso de promoção a sargento-ajudante das forças armadas da República Democrática de São Tomé e Príncipe. Destacou ainda o Centro de Línguas do Exército, sedeado na escola e que semanalmente recebe militares para formação, com “uma crescente importância no seio do exército e das forças armadas”.

Ao nível das infraestruturas, destacou a necessidade de substituição das coberturas do edifício onde decorrem as aulas e do auditório, que estão já a decorrer, bem como a manutenção da cozinha. A escola recebeu um gerador para fazer face a apagões generalizados, assim como a instalação de alarmes e outros equipamentos contra incêndios e serão instalados painéis solares fotovoltaicos no telhado da cozinha. A fechar o seu discurso, garantiu que vão procurar “melhorar a formação dos sargentos do exército português, conferindo-lhes competências com relevância para os novos desafios resultantes das novas conflitualidades”.

O ajudante general do Exército, João Boga Ribeiro, falou no “contexto de imponderabilidade e incerteza em que todos vivemos”, destacando o papel da ESE e dos próprios sargentos, que são “um elo essencial na cadeia de comando”. Disse que “os desafios tecnológicos e humanos revelam-se cada vez mais complexos, exigindo uma atenção cada vez mais significativa e aprofundada” e que a “ESE “necessita de acompanhar esta acrescida velocidade que estes tempos nos trazem”.

Boga Ribeiro referiu que querem incrementar já a partir deste ano o número de formandos nesta unidade, pelo que “é com particular prazer que anuncio que o concurso deste ano terá mais vagas, já está a ter mais candidatos e tem um desafio acrescido, dado que pela primeira vez há mais candidatos que provêm da vida civil do que da vida militar, o que traz um desafio acrescido”. Destacou que a ESE “tem revelado uma notável capacidade de adaptação face aos desafios”, salientando “a determinação, visão e sentido de propósito” de quem ali trabalha e que “os resultados obtidos refletem o profissionalismo, competência, iniciativa e rigor”.

A abertura a civis “trará mais efetivos ao exército, mas também mais pessoas a esta bela região”, afirmou, contando que no dia 4 de julho vai realizar-se nas Caldas um juramento de bandeira com militares de todo o país.
Neste aniversário, que começou com uma homenagem aos combatentes falecidos, foram ainda impostas várias condecorações.

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