Idosos caldenses celebraram Dia Internacional com festa na mata

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Almoço
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O Dia Internacional do Idoso foi celebrado nas Caldas a 1 de Outubro com uma festa-convívio na mata. A vereadora Maria da Conceição congratulou-se com o facto de haver uma instituição de solidariedade social em cada uma das freguesias caldenses, o que permite trabalhar em rede e ir resolvendo os problemas à medida que vão surgindo.
A autarca acha fundamental o investimento que tem sido feito em Centros de Dia e no apoio domiciliário pois os seniores só querem mudar-se para os lares em último caso, preferindo permanecer nas suas casas enquanto a saúde o permitir.

A comemoração do Dia internacional do Idoso começou de manhã, na mata, com uma missa campal com o padre Eduardo Gonçalves – capelão do Centro Hospitalar – e que agrada sempre aos participantes, já que o sacerdote pede na sua homilia que haja mais respeito pelos mais velhos. Seguiu-se, já junto ao pavilhão desportivo, um mega-piquenique onde cada um trouxe o seu farnel e, após o repasto, as cerca de 700 pessoas dirigiram-se ao equipamento desportivo para uma tarde de convívio e de animação musical. Primeiro com o projecto Crazy Duo com Bruno Pires e mais tarde com a cantora caldense, Rebeca.
Foram muitos os que deram um pé de dança enquanto que outros aproveitaram a ocasião para reencontraram amigos. A festa só terminou ao final da tarde e a autarquia assegurou o transporte, tendo a larga maioria viajado com os meios que as instituições de solidariedade social proporcionam.
Segundo a vereadora da Acção Social Maria da Conceição Pereira, Caldas da Rainha tem “gente muito voluntariosa no seu concelho”, o que permitiu a criação de uma instituição de solidariedade social em cada uma das suas freguesias. Esta rede social permite trabalhar em articulação e “ir resolvendo os problemas que vão surgindo relativamente à terceira idade”. A autarca diz que a cobertura desta rede é “bastante razoável” e acrescentou que é nos Centros de Dia e no apoio domiciliário que têm sido feitos os maiores investimentos porque os idosos preferem ficar em casa enquanto têm saúde para tal.
A autarca e deputada na Assembleia da República promete que continuarão a realizar-se estas festas, e explicou que a escolha da mata pareceu adequada ao Grupo Concelhio de Apoio à Pessoa Idosa de modo a que os participantes pudessem “viver um dia diferente, num local emblemático da cidade que permitisse um almoço ao ar livre”.
Houve também a intenção de mudar de cenário e de não realizar as festividades todas na Expoeste.

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“Não nos podemos encostar a um canto, senão as molas prendem-se”

“O que mais gostei foi da dança. Já dei uns poucos de pezinhos!”, disse Rosa Felício, de 74 anos, que é da Cabeça Alta (Carvalhal Benfeito). A participante gostou da missa, em especial da homilia do padre Eduardo em defesa dos idosos. O almoço também foi bom “por ter sido em piquenique”.
Rosa Felício ainda vive na sua casa, tem a sua horta e cria galinhas, coelhos e patos. “Aos sábados ainda vendo plantas na Benedita. Na minha idade não nos pudemos encostar a um canto senão as molas parece que se prendem”, disse, satisfeita, a septagenária.
Armando Peralta, de 75 anos, é de Alcobaça e integra o Lar da Misericórdia desde o mês de Maio. Gostou da missa e de ouvir o padre Eduardo. “A festa do baile está lindo e até já dei um passinho de dança”, disse.
Já Maria Manuela Ribeiro, de 77 anos, achou que festa estava bonita tal como no ano passado. A caldense gosta de participar nestes eventos pois “aqui dão importância às pessoas de idade, juntamo-nos aqui para passar um bom bocado e afinal todos precisamos disto”, disse, esperando que estas iniciativas possam ter continuação. É que esta senhora é viúva há 22 anos “e não tenho cá família nenhuma, tenho toda a gente em Lisboa, logo para mim estes eventos são muito importantes”.
José António Lourenço, 71 anos, é das Caldas e ainda mora na sua casa. Trabalhou durante 36 anos na Câmara Municipal e quer continuar a vir a estes momentos de convívio.
“A festa é sempre boa!”. Quem o diz é José Henriques, 84 anos, que apesar de estar a viver na sua casa vai, “quando me apetece e quando calha”, ao Centro de Dia do Carvalhal Benfeito. “É sempre bom vir e estar com as outras pessoas, eu aprecio estas coisas, apesar de já não dançar… De qualquer modo gosto de ver e de apreciar estas coisas”, rematou.
Almerinda Alves, de 74 anos é dos Carreiros e veio à festa com o seu marido. “É a primeira vez e gostei bastante”, disse a conviva, que ainda mora na sua casa. Do que mais gostou foi da missa e de ter reencontrado uma amiga que já não via há muitos anos. A participante espera regressar para a festa do próximo ano.

Dia do idoso também comemorado em Alcobaça e Nazaré

Desporto, rastreios e uma tarde de festa. Foi assim que se comemorou o Dia Mundial do Idoso, no passado dia 1 de Outubro, em Alcobaça e na Nazaré.
Em terras de Cister, uma centena de seniores responderam à chamada do Centro de Saúde de Alcobaça e passou a manhã no Estádio Municipal. Uma caminhada e os rotineiros rastreios de glicemia e colesterol e medição da tensão arterial fizeram parte do programa da manhã.
Já na Nazaré, a festa que a autarquia preparou no Casino Salão de Festas juntou cerca de 200 utentes do Cartão Municipal +60. Ao ritmo de música popular e das tão nazarenas marchas carnavalescas, os idosos passaram a tarde a dançar num convívio que acabou à mesa.
Os seniores da Nazaré preparam-se para iniciar aquele que o presidente da autarquia, Jorge Barroso, diz ser “um ano cheio de actividades” para os mais velhos. As aulas de hidroginástica que os utentes do Cartão Municipal +60 frequentam de forma gratuita são um exemplo das iniciativas que promete tirar os mais velhos de casa e promover o seu bem-estar. Para os que preferem exercitar a mente, arrancam agora as aulas da Universidade Sénior da Nazaré, que este ano conta com cerca de 400 inscrições, um número recorde.

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