Duzentos e trinta jovens de escolas das Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche, assistiram à cerimónia de apresentaçao do estandarte nacional aos alunos do 39º Curso de Formação de Sargentos (CFS) no quartel caldense, numa cerimónia que teve lugar a 15 de Outubro.
A Parada D. Afonso Henriques da Escola de Sargentos do Exército foi rodeada por jovens que assistiram em silêncio a todo o protocolo, desde a apresentação das forças ao comandante Alves de Oliveira à descrição da bandeira nacional e a sua evolução histórica.
O estandarte nacional existe em todas as unidades militares do país. Talhado em seda, difere da bandeira nacional pelo facto de ter a forma quadrangular e por a esfera armilar ser rodeada por duas hastes de loureiro, em ouro, unidas por um laço branco em forma de listel. Contém ainda uma frase de Camões: “Esta é a Ditosa Pátria Minha Amada”.
Jovens e alunos do CFS aprenderam sobre a evolução da bandeira, desde a que foi usada por D. Afonso Henriques, durante as primeiras lutas pela Independência de Portugal, à que foi criada depois da instauração do regime republicano.
Marcos Luís, do colégio “O Brinquinho”, já tinha estado na ESE, mas desta vez a cerimónia que assistiu foi diferente. Com nove anos, está a frequentar o quarto ano do 1º Ciclo e não tem muita vontade de um dia ir à tropa. “Gosto de os ver a marchar, mas não gostava de ir para a tropa”, disse.
Quanto às explicações sobre a bandeira nacional, já sabia parte da história porque foi matéria na escola por causa dos 100 anos da implantação da República. Marcos Luís até garantiu que sabia o hino nacional de cor.
Mais interessado numa possível ingressão na vida militar está Nuno Cunha, do projecto Azimute 270º (promovido pela Associação Para o Desenvolvimento de Peniche). Com 16 anos, este jovem diz que há já algum tempo que tinha curiosidade em saber como era o quartel das Caldas por dentro. “Já tinha visto quartéis, mas só nos filmes”, referiu.
A parte que achou mais interessante foi a história da evolução da bandeira nacional, pela apresentação feita com os diversos modelos criados ao longo da História.
Benedita Carvalho, da Escola de Josefa de Óbidos, também tinha curiosidade em conhecer o quartel caldense. “Não tinha noção nenhuma de como isto era por dentro”, afirmou.
A jovem estudante, de 17 anos, achou a cerimónia muito bonita, principalmente o desfile das forças em parada. Alistar-se é que está fora dos seus planos.