Confirmada mão humana na origem do incêndio no icónico edifício, na tarde de domingo
Está confirmada a origem não natural do incêndio que deflagrou no passado domingo no Hotel Parque, em São Martinho do Porto, e que levou ao desabamento da cobertura e destruição de todo o interior.
O comandante dos Bombeiros de São Martinho do Porto, João Bonifácio, confirmou à Gazeta das Caldas que o edifício “não tinha energia elétrica, água ou gás” e que não se registou nenhum tipo de fenómeno natural que pudesse ser a causa do incêndio. Ou seja, acidental ou propositadamente, as chamas tiveram mão humana na sua origem. “Não estou a ver um fenómeno natural a criar aquela situação”, afirmou.
O incêndio começou na parte traseira do edifício na cobertura. O responsável notou que “arrancou com uma grande velocidade e intensidade” e que como se situava no piso superior não permitia a entrada dos operacionais, o que dificultou o combate. Acresce que “havia muito lixo, como colchões e carpetes”, entre outro material combustível. “O edifício ficou completamente destruído, o telhado acabou por abater e os pisos inferiores sofreram, porque o edifício é todo construído em madeira e foi necessário colocar muita água”, contou.
Carlos Silva, que é comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Oeste, explicou à Gazeta das Caldas que alerta foi dado pouco depois das 16h30 e o incêndio foi dado como “em resolução logo às 17h25 pelo facto de estar circunscrito” ao edifício, mas “os trabalhos prolongaram-se pela noite dentro, porque havia muita matéria combustível”. Estiveram no terreno 32 operacionais, apoiados por 13 veículos. Na segunda-feira “os Bombeiros de São Martinho do Porto estiveram no local a garantir que estava tudo extinto”, esclareceu.
A GNR e a PJ estiveram no local a fazer peritagens.
Gazeta das Caldas questionou a Câmara de Alcobaça acerca dos danos no imóvel, se estava ou não coberto por algum tipo de seguro e sobre o projeto que foi apresentado na autarquia para a reabilitação do edifício e respetivo promotor. O presidente da Câmara, Hermínio Rodrigues, respondeu apenas que “é uma situação que lamentamos profundamente” e que se “trata de um espaço icónico da vila, relembrado por várias dimensões”. O autarca disse ainda que se encontram “a avaliar a real dimensão dos danos causados” e reconheceu que “há algum tempo deu entrada nos nossos serviços um projeto de recuperação daquele espaço”, mostrando-se esperançado de “que os proprietários consigam concretizar esse projeto”.
Na segunda-feira já 464 pessoas tinham assinado a petição pública que exigia “uma rápida mobilização de recursos e esforços para a reconstrução integral deste património cultural, preservando a arquitetura única e relevância histórica” e instando “as autoridades locais, regionais e nacionais a alocarem os fundos necessários e colaborarem com especialistas em conservação”. ■
Comandante dos Bombeiros de São Martinho do Porto não acredita em causas naturais na origem das chamas
No local estiveram 32 operacionais, apoiados por 13 veículos, onde se incluíam as auto-escadas de Alcobaça e das Caldas
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