No último ano houve menos acidentes rodoviárias e menos vítimas mortais no concelho das Caldas, assim como no conjunto dos 12 concelhos do Oeste (que registaram um total de 22 mortes). Nazaré foi o único concelho oestino sem mortes na estrada em 2018 e em Alcobaça morreram mais pessoas na estrada nos últimos cinco anos do que a soma das Caldas, Óbidos, Peniche e Cadaval. Tal não será alheio ao facto de o concelho ser atravessado pela IC2 ou EN1, com grande intensidade de tráfico.
Nas Caldas registou-se uma descida no número de acidentes, mas também das vítimas mortais. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em vez dos 209 sinistros registados em 2017, ocorreram 166 (menos 20%).
Mesmo assim, Caldas é o terceiro concelho do Oeste onde se registam mais acidentes, depois de Torres Vedras e Alcobaça. Estes três concelhos representaram mais de metade dos 1.232 sinistros que ocorreram na região.
A nível regional, na soma dos 12 concelhos do Oeste, também se registaram menos acidentes do que em 2017. Das 1.358 ocorrências de 2017, passou para as 1.232 no último ano.
Mas mais importante do que o número de acidentes é a sua gravidade. Em termos de vítimas mortais o concelho caldense passou das quatro para as duas. No Oeste houve menos um vítima mortal e apenas em Peniche o número de acidentes rodoviários subiu (quase 13%), registando-se duas mortes (ao invés das zero de 2017).
Em cinco anos nos 12 concelhos que compõem a região Oeste 123 pessoas perderam a vida em acidentes rodoviários, sendo Alcobaça o concelho com maior sinistralidade (muito por influência do IC2 ou EN1). Naquele concelho 30 pessoas perderam a vida em cinco anos, um número superior à soma dos falecidos em Caldas (12), Óbidos (8), Peniche e Cadaval (5 cada um). Segue-se Torres Vedras, com 20 vítimas mortais.
O INE publicou também o índice de gravidade dos acidentes com vítimas, que calcula uma percentagem dividindo o número de óbitos pelo número de acidentes.
Nesse campo é possível perceber que em 2018 houve acidentes mais graves no Oeste, onde este indicador subiu dos 1,69 para os 1,79. Contudo, o índice de gravidade dos acidentes desceu nas Caldas da Rainha, de 1,91 para 1,21.
Também em contraciclo com a tendência oestina aparecem Alcobaça (de 2,82 para 2,51) onde houve menos uma morte em 2018 (das sete pessoas que perderam a vida passou para seis) e Nazaré onde em vez das duas vítimas mortais de 2017, no último ano não se registou nenhuma, tornando este no único concelho do Oeste sem mortes na estrada em 2018.
Nos dados do INE concluiu-se que a gravidade dos acidentes subiu no Cadaval (de 0 para 3,33) e no Bombarral (de 0 para 2,04). Nestes concelhos não se tinha registado nenhuma morte há dois anos, mas em 2018 houve uma vítima mortal em cada um. Peniche passou de zero mortes para duas, aumentando a taxa de gravidade de 0 para 2,15. Em Óbidos a taxa também sobe, porque apesar de o número de falecidos ser o mesmo (um em cada ano), o número de acidentes desceu dos 78 para os 64.
A nível nacional em 2018 registaram-se menos 2.828 acidentes do que em 2017, em que se contaram 38.630 sinistros. É possível perceber que o número de vítimas também foi menor, num total de 46.034 no território nacional, o que corresponde a menos 335 do que no ano anterior. Ainda assim, houve mais 74 mortes nas estradas, num aumento superior a 11% para um total de 704 pessoas que perderam a vida em acidentes rodoviários em Portugal em 2018.