O governante presidiu à cerimónia, e discursou sem máscara, antes de saber que estava infetado. O autarca de Óbidos está em resguardo e vai fazer teste
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, que testou positivo à Covid-19, presidiu em Óbidos à cerimónia de lançamento da coleção que assinala os 25 anos do ministério da Ciência. Na sequência desta sessão, que decorreu nos jardins do Espaço Ó, e por terem estado em contato próximo com o governante foi recomendado ao presidente da Câmara e três funcionários manterem-se em resguardo. O autarca irá permanecer em casa até ter conhecimento do resultado do teste que irá fazer no final da semana, mas é “considerado um contato de baixíssimo risco”, disse à Gazeta das Caldas. Humberto Marques acrescentou ainda que o evento cumpriu todas as normas exigidas pelo Plano de Contingência. Realizado ao ar livre, contou com a presença de cerca de duas dezenas de pessoas, distantes entre si e com máscara, com exceção do ministro, que a retirou durante o discurso.
Na cerimónia, Manuel Heitor destacou o facto do lançamento da coleção acontecer na semana em que foram divulgados os prémios Nobel e que os livros escolhidos por Luís Gomes, “mudaram a forma como hoje se faz e divulga ciência, transmitindo o conhecimento”. De acordo com o governante há capacidade para crescer ao nível da formação e investimento na ciência e que os programas do governo pretendem impulsionar esse desenvolvimento
. Referindo-se ao Oeste, Manuel Heitor disse tratar-se de uma zona com uma capacidade científica muito significativa, dando como exemplo a instalação, em Torres Vedras, de um laboratório colaborativo para inovação digital na agricultura (Smart Farm Colab).
Também o secretário de Estado Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Carlos Miguel, falou sobre a ligação da ciência ao território. De acordo com o governante Portugal tem que viver de nichos de mercado que valorizem o produto e isso só é possível ao aplicar-lhe ciência. Esta será também o atrativo para a fixação de pessoas no Oeste, cujos concelhos estão, praticamente todos, a perder população, acrescentou. Carlos Miguel formulou o desejo de que os próximos programas do governo se caracterizem pela ciência aplicada em conjunto com as empresas naquilo que é a qualificação do produto e, consequentemente, a qualificação do território e das pessoas.