Montepio vai avançar sozinho para construção de um novo hospital

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Novo projeto já não irá contemplar a construção do segundo edifício, pelo menos para já
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Após contactos para possíveis parcerias, a administração decidiu agora avançar sozinha, mas apenas com o projeto para o edificado existente

O Conselho de Administração do Montepio Rainha D. Leonor decidiu avançar com o projeto do novo hospital no edifício na entrada Sul da cidade (antiga EDP).
Questionado pela Gazeta das Caldas, Francisco Rita, presidente do CA, explicou que houve “um revés, devido a uma mudança de estratégia da Luz Saúde, que tínhamos um acordo e estávamos a trabalhar numa parceria. Quando chegou a altura de a formalizar, optaram por não formalizar e avançar diretamente”. Houve uma outra hipótese de parceria, mas que não se concretizou. “Nesse sentido e como a construção do novo edifício era bastante volumoso em termos de custos globais, tomámos a decisão de alterar o projeto e avançar unicamente com o existente, reestruturando o projeto inicial de forma a poder fazer a obra em duas fases”, esclareceu. A fase inicial trata a reformulação do edificado existente e a colocação da estrutura a funcionar. “Consideramos que temos disponibilidade e posição para avançar”, refere.
O plano será apresentado internamente e depois às entidades para poderem avançar no primeiro trimestre do próximo ano. Para um futuro segundo edifício ficará uma zona de fisioterapia que se irá manter como atualmente no edifício do lar, apenas com um polo no novo hospital.
Em relação à atualidade, a mudança permitirá manter uma grande diversidade de especialidades a funcionar, mas também a expansão, por exemplo, para a área da oftalmologia. O número de camas de internamento deverá ser semelhante às atuais 30.
Esta unidade terá duas zonas de bloco cirúrgico, na zona do antigo salão, mais abaixo no edifício (a única com pé direito necessário para tal). Aí fica também a imagiologia. O restante edifício funcionará para as consultas e serviços.
Trata-se de um investimento a rondar os 5 a 6 milhões de euros. “É completamente diferente do outro, que iria para os 20 milhões de euros”, faz notar Francisco Rita.
As obras “serão muito rápidas, porque o que temos que fazer é a compartimentação interna e não serão necessárias demolições, dado que o edifício por dentro é amplo”, refere, prevendo que em 16 a 18 meses, após o início das obras, possa estar a funcionar.

Mudanças na continuidade
O Montepio Rainha D. Leonor vai a votos para os órgãos sociais no dia 19 de dezembro.
Dada a escusa, por motivos de saúde, do atual presidente da Mesa Assembleia Geral, João Sá Nogueira, o presidente do CA, Francisco Rita, assume-se como candidato a esse cargo, numa lista de continuidade na qual, em caso de eleição, a presidência do CA será ocupada por Paulo Ribeiro, atual vogal do CA. A equipa contará com Maria Fernanda Gonçalves, também vogal, e com uma pessoa da área da Saúde.
Num balanço do trabalho fez notar que mais de metade do que se propuseram a fazer, ficou já feito. Começaram por estruturar a casa “para ter condições para olhar em frente, que não havia, os sistemas de gestão eram os de há 30 anos, completamente desatualizados”.Admite, ainda assim, que sente o facto de não terem conseguido fazer a transição para o novo edifício, apontando que era preciso “um maior empenho das estruturas oficiais da cidade” e a “um excesso de zelo de entidades que têm documentos de apoio assinados”.
Além da transição digital, nota que “reduzimos significativamente a dívida existente, liquidámos todas as contas”, complementando que os vencimentos estão todos pagos e que o movimento financeiro tem aumentado todos os anos.
Agora será feita uma avaliação das várias respostas públicas que prestam ao abrigo de acordos com o Estado, mas cujas contrapartidas não são atualizadas para acompanharem os custos. “É altamente limitativo” e “é o grande problema que a nova administração vai ter que assumir”, aponta.
A entrega das listas termina quinze dias antes do ato eleitoral, mas à data de fecho do jornal ainda não foi tornada pública nenhuma outra lista. ■

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