Os moradores da Rua Tristão da Cunha, perto da Expoeste, contestam a construção de um centro funerário que está previsto para aquele local, defendendo tratar-se de uma zona residencial.
Mais de uma dezena de moradores esteve presente na sessão de Câmara de 26 de Fevereiro para mostrar a sua indignação ao executivo camarário acerca daquele projecto e para pedir que o licenciameno não avance.
Mário Pacheco, proprietário de um dos lotes existentes no local, confrontou a autarquia com o facto da implantação do projecto ocupar uma parcela de terreno que é do domínio público da Câmara e que não houve qualquer edital a comunicar a sua cedência para o domínio privado.
O engenheiro civil (que já foi deputado municipal pelo PS) levantou ainda outras questões técnicas como a inexistência de um placard informativo prévio à apresentação do projecto e o facto de não ter sido salvaguardado estacionamento suficiente, bem como questões relacionadas com o ruído para quem habita naquela zona.
Os moradores disseram também que o projecto prevê que o acesso à cave do centro funerário será feito por um arruamento que é passagem privada de um condomínio.
Face a estas questões, o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, mandou suspender a emissão da licença de construção enquanto a matéria não for examinada. Os serviços técnicos irão apreciar o processo e o executivo receberá de novo os moradores na próxima segunda-feira para lhes dar conta da decisão.
O centro funerário é da Agência Tarzan, de Óbidos. O edifício prevê para o rés-do-chão duas salas de velório, um primeiro andar com escritório e uma cave para viaturas de serviço, armazém de urnas e sala de preparação dos corpos.