
Escultura foi colocada junto à esquadra da PSP das Caldas da Rainha e homenageia os agentes
Foi inaugurado na passada sexta-feira, 12 de julho, em frente à esquadra do PSP das Caldas da Rainha um monumento que é uma homenagem aos 150 anos da presença da Polícia de Segurança Pública no distrito de Leiria. A obra, da autoria do artista caldense Carlos Oliveira, pretende homenagear uma polícia feita de pessoas e para as pessoas.
“Esta escultura tem como intenção enaltecer o esforço que muitos homens e mulheres deram à causa da segurança da população caldense no passado, no presente e que vão continuar a dar no futuro”, começou por dizer o comandante do posto territorial das Caldas da Rainha, Hugo Marado, na cerimónia.
Num discurso sentido, Hugo Marado realçou a “enorme alegria” pela concretização de uma obra em que Carlos Oliveira conseguiu retratar “o nosso orgulho em sermos polícias, o altruísmo, o sentido de missão”, num monumento “ímpar e de excelência”, que valoriza o legado dos 150 anos da PSP no distrito de Leiria.
O comandante sublinhou que a segurança é um bem que só é devidamente valorizado quando está em falta, mas que é “condição fundamental para uma sociedade coesa, onde a liberdade é plenamente desfrutada. E é essa sociedade coesa, pacífica, harmoniosa que queremos preservar”. Os polícias retratados na escultura “são a polícia que desejamos continuar a ter, com profissionais focados nas pessoas, próxima da comunidade, uma polícia disponível para dar a mão”. Mas, “são necessários homens e mulheres para que este padrão se mantenha”, alertou, demonstrando esperança na melhoria dos meios e no reforço do contingente.
Hugo Marado agradeceu ao presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Vítor Marques, “pela arrojada decisão de aceitar o desafio lançado”, destacando a excelente relação existente entre autarquia e a PSP, e sublinhou que a cidade é a primeira a ter “uma escultura de polícias para homenagear polícias”. Aproveitando a presença de João Santos, diretor da ESAD.CR, Hugo Marado deixou ainda no ar que o desafio da escola de artes caldense para a realização de mural não está esquecido e apontou a sua concretização para a comemoração dos 150 anos do corpo da polícia civil nas Caldas da Rainha, ou dos 100 anos nas Caldas já como PSP.
Carlos Oliveira, autor da peça, contou que a inspiração para criar a escultura foi “o mote de uma polícia feita de pessoas para pessoas”, com um agente homem que está numa posição de cumprimento e uma agente mulher numa pose de acordo com a revisão de valores de postura da PSP. Além da homenagem aos agentes, a peça foi pensada para gerar interação com os passantes.
O artista agradeceu ao município das Caldas o convite “honroso e cheio de responsabilidade” para criar a obra, e ao comandante Hugo Marado e respetiva equipa por todo o envolvimento na recolha de testemunhos que foram “matéria-prima” no seu trabalho.
A obra foi trabalhada num único bloco de pedra de moleanos esculpida através de CNC pela equipa dos Mármores Vigário a partir de um modelo feito em barro por Carlos Oliveira e foi depois finalizada pelo artista. O bloco tinha inicialmente 16 toneladas e terminou com sete toneladas. Carlos Oliveira dedicou ainda a obra ao mestre Artur Lopes Henriques.
Vítor Marques, presidente da Câmara caldense, disse que esta inauguração é um momento importante, que eleva a ligação da população das Caldas da Rainha à PSP e desta à sua comunidade. “É um momento de reconhecimento por todo o trabalho que é desenvolvido, e sabemos quantas vezes é difícil, mas sempre com toda a entrega e toda a prontidão, mesmo quando nem todos os meios estão à sua disposição”, afirmou.
O desafio inicial para a criação de um monumento ao polícia nas Caldas surgiu por parte do Comando Distrital da PSP de Leiria e do seu comandante Domingos Antunes. “Coube-nos a nós este grande mandato, em que fazemos 150 anos, e tínhamos que fazer alguma coisa diferente”, começou por contar, salientando depois a recetividade do município para apoiar uma obra e a celeridade em todo um processo que da ideia à inauguração foi concretizado em cerca de seis meses.
Uma obra que “marca o período disruptivo da polícia”, que passou de estar “fechada na esquadra” para exercer “o tal policiamento de proximidade”, apontou Domingos Antunes. “O único objetivo que temos é exatamente servir ao nosso cidadão, quando nós perdemos esse sentido perdemos a nossa importância”, acrescentou.
Presente na cerimónia esteve também o Diretor Nacional da PSP, Rui Carrilho, que lembrou o seu passado nas Caldas da Rainha, quando em 1972 acompanhou o seu pai que ali esteve destacado durante seis meses. “É de facto muito reconfortante ver que há aqui uma grande entrega, há aqui um grande serviço”, rematou.
A obra teve um custo de cerca de 40 mil euros, financiados totalmente pelo município. ■