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Dupla de funcionárias da Junta de Freguesia da Foz do Arelho fez os 738 quilómetros entre Chaves e Faro em cerca de uma semana
Foi a 8 de setembro que Cristina e Margarida de Carvalho, dupla de funcionárias da Junta de Freguesia da Foz do Arelho, se fez à estrada para a etapa inaugural, entre a Foz e a Câmara das Caldas. No dia seguinte arrancavam para a aventura em Chaves, junto ao marco do quilómetro 0 da EN2. Fizeram uma média de cerca de 100 quilómetros por dia, numa prova de resistência, superação e determinação.
A dupla chegou a Faro, num percurso de 738 quilómetros, no sábado. “Entre risos, desafios e paisagens de tirar o fôlego, passámos por 34 autarquias, levando o nome da Foz do Arelho e oprojeto FOZge Comigo de Norte a Sul do país”, referiram as ciclistas, num balanço da aventura.
Entre outros locais, visitaram o Museu Terra de Besteiros, em Tondela, os tetos históricos do município de Góis, fizeram uma viagem turística por Pedrogão Grande, foram ao Museu Municipal de Ferreira do Alentejo e ao Parque Mineiro de Aljustrel. O muito calor obrigou a reajustes na rota, atrasando-as e levando a dupla à estrada no domingo para completar cerca de 70 quilómetros, entre Almodôvar e Faro. “Acabámos por fazer duas vezes o percurso entre São Brás de Alportel e Faro”, contam, entre risos.
Cristina conta que o dia mais difícil foi a saída de Pedrogão Grande. “Passei mal a noite, dormi muito pouco e a chegar a Vila de Rei, com o calor e as subidas foi difícil”, realça.
Em Aljustrel encontraram um ciclista cuja esposa era caldense e que casara no Mosteiro de Alcobaça. “Convidou-nos a ir com ele porque nos queria oferecer fruta e a casa era já ali, mas tivemos que andar muito e era no topo da subida, mas tratou-nos com muito carinho”. A simpatia e hospitalidade das pessoas, assim como a beleza natural, patrimonial e arquitetónica do país foram marcas.
O esforço, o calor, o cansaço acumulado, mas também as gargalhadas e as experiências gastronómicas diversas são coisas que não esquecerão. Pelo percurso a dupla salientou a forma como foi acolhida “de braços abertos por todos com quem nos cruzamos”.
Outro momento caricato foi quando decidiram ir por uma ciclovia à beira do Mondego que “se transformou numa estrada de terra batido, puro BTT, e nós com bicicletas de estrada a rezar para não ter um furo”, recorda a dupla, que já queria fazer esta viagem, mas realça a importância que teve a equipa em torno deste objetivo.
Ao longo do percurso foram distribuídos presentes como produtos alusivos à Foz do Arelho e foram convidados os autarcas das 35 Câmaras Municipais e três Juntas de Freguesia por onde passaram para visitarem a vila balnear. Dos autarcas ouviram também o partilhar das suas histórias e memórias de visitas à Foz e as promessas de uma ida em breve. É que agora o executivo da Junta vai preparar uma exposição com o material recolhido ao longo da EN2 para a qual vai convidar todas as localidades. A exposição marcará o final da segunda fase do projeto que é, simultaneamente, turístico, cultural e identitário. ■
