José Luiz de Almeida Silva
Há mais de um quarto de século que existem iniciativas por todo o mundo esta semana para mobilizar a opinião pública para os temas ambientais e da mobilidade urbana.
Inicialmente suscitando surpresa e tentando de alguma forma criar incómodo, para quem aderisse e tivesse de demonstrar algum sacrifício para participar conscientemente na iniciativa.
Isto é fosse deixando o automóvel em casa e servindo-se exclusivamente dos transportes públicos, fosse encerrando algumas partes das cidades evitando o trânsito à base de combustíveis fósseis, ou alterasse os hábitos de alimentação nem que fosse apenas nesses dias, etc., como outras iniciativas algumas cândidas e de apenas simbólico significado.
Com o tempo as coisas foram-se normalizando e hoje tomam-se principalmente medidas burocráticas e institucionais em nome dos princípios mais respeitadores dos equilíbrios ambientais e da mobilidade sustentável.
Afinal todos podemos ficar de consciência tranquila e de bem connosco, sem que algo de substantivo se altere.
Mas no final todos temos consciência que se alterou pouco a realidade por mais que o português secretário geral da ONU, Eng. António Guterres, perore com frequência nos media de todo o mundo.
Para os negacionistas que tudo “negam” e desculpam, o assunto parece já estar arrumado, apesar das calamidades crescentes que se abatem sobre a Humanidade, com uma indiferença algumas horas depois das mesmas terem ocorrido.
Será que estaremos a tempo de evitar males maiores e definitivos? Ou só quando os factos forem irreversíveis, mais dramáticos e mostrarem a todos o que atualmente só alguns querem ver? A ver vamos! ■